Foi realizada nesta terça-feira, 19, a primeira audiência de instrução do caso Milton Omena Neto, 25 anos, acusado de assassinar o avô a facadas, em um condomínio na cidade de Paripueira, em 2017. A vítima Milton Omena, era delegado federal aposentado e chegou a ser apontado como suspeito da morte da filha, a jornalista Márcia Rodrigues, que cometeu suicídio no mesmo local, um ano antes.
A audiência foi realizada na Comarca de Paripueira e conduzida pelo juiz André Luiz Parise Maia Paiva. Testemunhas de defesa e acusação, além do réu, foram ouvidos a portas fechadas. O irmão de Milton Omena, Marivaldo Omena, disse – em entrevista à TV Ponta Verde – que espera que seja feita justiça e que seu sobrinho pague pelo crime de homicídio. “Meu irmão criou esse rapaz desde pequeno e não há como justificar o que ele fez. Nesse caso não foi legítima defesa”, disse o irmão da vítima.
O porteiro do condomínio onde Milton Omena morava também prestou depoimento e contou que no dia do fato, Milton Neto chegou à guarita pedindo ajuda e disse que acreditava ter matado o avô.
Desde que ocorreu o crime os advogados do assassino confesso alegam legítima defesa. No final de janeiro de 2017 a Justiça negou um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa. No dia do crime, quando os militares da 3ª Companhia chegaram ao local, encontraram a casa revirada e a vítima na cozinha, apresentando um ferimento a faca, na altura do coração. Na ocasião, o rapaz confessou ter matado o avô e depois ficou em silêncio, visivelmente alterado.
Mesmo após a polícia divulgar o laudo pericial confirmando que a morte de Márcia Rodrigues havia sido um caso de suicídio, a mãe da jornalista procurou a imprensa para defender o neto e reafirmar que a família tinha certeza que Milton Omena havia sido responsável pela morte da filha.
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