Basta abrir o facebook ou whatsapp para ser bombardeado por “notícias”. A maioria delas listam fatos quase impossíveis de serem reais ou que fantasiam o cenário atual. De qualquer forma, elas são versões maquiadas da realidade e vão de encontro ao real papel do jornalismo, que, acima de tudo, tem a função de passar para o leitor ou telespectador a verdade.
Conhecidas como fake news, as notícias falsas sempre existiram. No entanto, por causa da internet, elas aumentaram o seu potencial viral e se espalham rapidamente. São as informações noticiosas que não representam a realidade, mas que são compartilhadas na internet como se fossem verídicas, principalmente através das redes sociais.
É nítido o poder de persuasão dessas notícias e bem difícil o seu combate, o que torna ainda mais valioso o trabalho de apuração dos fatos. A verdade é que as Fake News vem mudando a rotina das redações dos jornais. De acordo com Francielly Azevedo, chefe de redação do Paraná Portal, nesse momento a apuração se torna ainda mais importante. “Nunca devemos comprar a primeira versão do fato e acreditar em informações que circulam nas redes socais. Além disso, é necessário ir atrás de fontes confiáveis”, alertou a jornalista que trabalha há 10 anos na área de comunicação.
Saulo Prado, editor do Plantão JTI, portal de Goiás, comenta que esse é o momento dos veículos de comunicação mostrarem que tem credibilidade e frisa mais uma vez a importância da busca pela fonte correta. “Com tanta informação circulando, é necessário ter mais responsabilidade e bastante critério”. Saulo tem 15 anos de atuação na área e é apaixonado pelo que faz. “Não é trabalho quando é feito com amor”.
Devido a facilidade com que informações podem ser criadas e compartilhadas na internet, torna-se imprescindível que os leitores tenham um elevado senso crítico quando se depara com qualquer tipo de conteúdo. Para ambos os jornalistas, a maneira mais efetiva de diminuir os impactos das fake News é através da conscientização dos leitores, para que os mesmos, não acreditem que tudo que é divulgado na internet. Nesse combate, a chefe de redação do Paraná Portal citou o trabalho de alguns jornais. “Alguns portais se preocupam em mostrar o que é verdadeiro e o que é falso, ou seja, desmentido o que é divulgado”, pontuou. O G1 é um dos portais que presta este importante serviço desde que criou o projeto “Fato ou Fake”.
Algo para comemorar
No domingo (07), é comemorado o Dia do Jornalista. A data homenageia o trabalho dos profissionais da mídia, responsáveis por apurar fatos e levar as informações sobre os acontecimentos locais, regionais, nacionais e internacionais para as pessoas, de maneira imparcial e ética.
Instituída pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a data foi criada para homenagear João Batista Líbero Badaró, médico e jornalista que morreu assassinado por inimigos políticos, em São Paulo, em 22 de novembro de 1830. Mesmo diante do ocorrido, foi só em 1931, cem anos depois, que surgiu a homenagem e o dia 7 de abril passou a ser Dia do Jornalista. Nessa data, também foi fundada, em 1908, a Associação Brasileira de Imprensa, com o objetivo de assegurar aos jornalistas todos os seus direitos.