O promotor de Justiça, Sóstenes Gaia (in memorian), que fez a denúncia, não está mais aqui para sentir o prazer do dever cumprido. Mas, em nome do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), foi bem representado pelo colega e promotor de Justiça, Antônio Vilas Boas, que em mais uma grande atuação conseguiu convencer o Conselho de Sentença e garantir uma pena de 25 anos, dois meses e 12 dias de prisão aos irmãos Luan Martins de Lima e Leandro Martins de Farias Lima, acusados de assassinar a tiros o motorista da Prefeitura, Edilson Sena dos Santos, dentro de uma Kombi, no centro de Satuba, em abril de 2013.
Conforme o promotor Antônio Vilas Boas, o motivo para o crime foi fútil e a condenação considerada satisfatória. Os réus foram condenados por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Edilson prestava serviços comunitários na delegacia porque tinha sido punido pela Lei Maria da Penha e os réus ficaram sabendo que lá comentava sobre as ações criminosas de ambos.
“Segundo os acusados, que a todo momento negaram a autoria do crime, a vítima, que cumpria sua pena de menor potencial na delegacia porque tinha sido punida pela lei Maria da Penha, supostamente, entregava a dupla, na linguagem popular ‘caboetavam’. Logo, foi morto como forma de ocultar e garantir a impunidade por outros crimes cometidos pelos acusados”, esclarece o promotor Vilas Boas.
Após fazer a denúncia, o promotor Sóstenes Gaia sempre comentava que iria até o fim para colocar os irmãos criminosos na cadeia. “É questão de justiça, é questão de honra, eles têm de ser condenados”, dizia o promotor Sóstenes, há pouco falecido.