Suspeito atraía desempregadas para ‘vagas’ de trabalho antes de estupro

O homem de 33 anos que foi preso suspeito de roubar e estuprar mulheres e adolescentes em Jundiaí (SP) aproveitava que as vítimas estavam desempregadas e em busca de vagas para se aproximar e cometer os estupros, segundo a delegada Renata Yumi Ono.

A prisão em flagrante de Sérgio Alberto Monteiro foi convertida em preventiva. Imagens feitas por câmeras de segurança mostram o homem abordando as vítimas.

“Ele usou a necessidade delas, que estavam entregando currículo e à procura de emprego para atraí-las até o local”, afirma.
Ainda de acordo com a delegada, o caso estava sendo investigado há sete meses. Em outubro de 2018 uma mulher procurou a Delegacia de Defesa da Mulher e afirmou que estava no trabalho quando o desconhecido se aproximou e ofereceu um celular com preço baixo.

Interessada na negociação, a vítima o acompanhou até a Vila Ana, onde foi atacada em um terreno baldio.

Em busca da identidade, a polícia conseguiu imagens de câmeras de seguranças. No entanto, os vídeos não eram nítidos e a vítima, na ocasião, não teria conseguido identifica-lo.

Prisão
Sérgio é morador de São Paulo e foi preso na tarde de terça-feira (30) em outra tentativa de estupro, no Centro. A operação foi realizada pela Guarda Municipal e a Polícia Civil.

À polícia, ele confessou parte dos estupros e dos roubos, e disse que morava na capital com a mãe e que trabalhava no Ceasa aos fins de semana.

“Um ponto que causou espanto é o fato de que ele devolvia as vítimas de volta ao lugar onde ele as abordou, estendendo por mais tempo o sofrimento. Um fato que também chama a atenção é que subtraía para si algum tipo de objeto da vítima, inclusive currículos demonstrando mais uma característica de um criminoso em série”, explica a delegada.

Sete vítimas
Em março, o criminoso abordou duas adolescentes de 16 anos que entregavam currículos em lojas e agências. Segundo o relato das vítimas à polícia, ele ofereceu emprego de atendente em um suposto restaurante da irmã.

As meninas caminharam por cerca de 3 quilômetros até chegarem ao terreno na Vila Ana. Uma delas foi estuprada e as duas tiveram os celulares roubados.

Desde então, a equipe da investigadora Lilian Picchi captou informações e imagens dos locais onde Sérgio teria agido. As mulheres também forneceram informações sobre características dele.

No dia 15 de abril outras quatro vítimas denunciaram o mesmo tipo de crime, quando procuravam trabalho na região central. Conforme os depoimentos, o rapaz pegava os dados pessoais como forma de intimá-las a não falarem sobre o crime.

Nesta semana, uma mulher se negou a segui-lo e conseguiu pedir ajuda à DDM, que pediu apoio à GM.

Sérgio foi indiciado por sete estupros e cinco roubos. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva na quarta-feira (1º).

A DDM pede para que as mulheres que foram vítimas de estupro procurem a delegacia para uma possível identificação. A delegacia está localizada na avenida Nove de Julho, 3600, Jardim Paulista.

Fonte: G1

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