Foram presos na manhã desta sexta-feira, 03, no Sítio Cedro, na região rural situada no município de Feira Grande, no Sertão alagoano, dois homens suspeitos de terem matado a facadas e queimado o corpo do patrão no Centro do Rio de Janeiro em março deste ano. Um terceiro suspeito está foragido.
A vítima, Jailson Pereira de Oliveira, de 44 anos, dono de diversas barracas de artesanato na Feira de São Cristóvão, centro de tradições nordestinas na Zona Norte do Rio, foi assassinado em sua própria casa após desconfiar que os funcionários estariam realizando desvios no faturamento de suas lojas. Os criminosos ainda carbonizaram seu corpo dentro do próprio carro na estrada do Camboatá, Guadalupe (RJ).
Inicialmente, a família de Jailson registrou o seu desaparecimento, mas depois de encontrar o corpo carbonizado e a sua identificação confirmada, o caso começou a ser tratado como homicídio.
Após cometerem o crime, Paulo Ricardo da Silva, José Marcos Lemos da Silva e Rikael dos Santos Silva fugiram para sua cidade natal, em Alagoas. Todos os três tiveram prisões decretadas pela Justiça. Paulo Ricardo e José Marcos foram localizados. Rikael está foragido.
José Marcos, um dos autores, teria ainda confessado a autoria do crime por telefone à família da vítima. Segundo o homem, Jailson e Ricardo, um dos funcionários, teriam discutido em uma de suas lojas por conta de “desfalques” no comércio. José Marcos conta que, quando os quatro voltaram para a casa de Jailson, onde todos moravam, Ricardo agarroiu o homem, que também era conhecido como Galego.
“Quando eu desço, já vi o Ricardo, que agarrou o Galego por trás pelo pescoço e já pediu ajuda para o Negão, e começaram a matar ele. O Ricardo enforcou ele e o Negão pegou uma faca e esfaqueou ele todinho”, afirmou.
José Marcos também contou a parentes da vítima que o trio fugiu para Alagoas na semana seguinte ao crime. No dia 2 de abril, os três abriram uma das lojas de Jailson, venderam R$ 8 mil em produtos e, com o dinheiro, compraram passagens para o Nordeste, onde passaram a ser monitorados pela polícia.
As prisões ocorreram após trabalho conjunto entre agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), do estado do Rio de Janeiro, em operação conjunta com a 4° Delegacia Regional de Polícia de Arapiraca (4ª DRP) e agentes do setor de inteligência da Polícia Civil de Alagoas.