Os Membros da Comissão Especial de Investigação (CEI) do Pinheiro irão solicitar aos geólogos da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM) informações que possam ser usadas na apuração dos fornecimentos de dados errados pelos técnicos da Braskem durante os estudos das rachaduras nos bairros de Pinheiro, Mutange e Bebedouro.
Na divulgação do laudo, que ocorreu nesta quarta-feira (08), na sede da Justiça Federal, o geólogo Thales Sampaio confirmou que os dados e até informações fornecidas pela Braskem não correspondiam às informações constadas nos estudos da geologia.
“Vamos solicitar à CPRM maior detalhadamento sobre quais dados foram ocultados, quais foram entregues de forma errada e como isso pode ter comprometido o estudo de um problema tão grave, que afeta milhares de famílias. Diante disso, podemos sim avaliar cautelosamente o pedido de prisão dos dirigentes”, afirmou o vereador Francisco Sales, presidente da Comissão.
Sales salientou que a empresa assumiu o risco ao não realizar o monitoramento das 35 cavidades, entre as ativas e as inativas, para atestar se havia ou não subsidência. “Foi tido que existe cavidades que eles não conseguem nem localizar, pois elas mudaram as suas posições. Se houvesse estas avaliações não teria chegado a essa situação”, emendou o parlamentar.
Mesmo com a entrega do laudo, os geólogos ainda não tiveram conhecimento da real situação de todas as cavidades, diante do envio de informações de apenas 8 minas do número de 35. Segundo o vereador, a depender da resposta possa ser que tenhamos uma outra realidade, principalmente para o bairro do Mutange, onde estão instaladas a maioria das cavidades.
“Não temos respostas das outras 27 cavidades e a Braskem precisa apresentar esses dados o quanto antes para que possamos chegar um estudo definitivo sobre a paralisação da empresa na região de Mutange e Bebedouro. Vamos tomar todas as medidas dentro da CEI, provocar Justiça, Ministério Público Federal e outros órgãos para que essas respostas cheguem rápido”, disse Francisco Sales.