Torcida do CSA “se divide” sobre venda de mando de campo e agita redes sociais

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O anúncio de que o CSA vendeu o mando de campo da partida diante do Flamengo, válida pela nona rodada  do Campeonato Brasileiro da Série A, que será disputado em Brasília, no dia 12 de junho, dividiu os torcedores da equipe maruja.

Nas redes sociais, muitos azulinos se mostraram contra a decisão da diretoria do clube, alegando que após três décadas fora da Série A, a torcida merecia receber o jogo em Maceió. “Eu acho errado com os torcedores que esperaram tanto para ver um jogo desse nível aqui na cidade”, afirmou o azulino Eric Lima.

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O torcedor Alex Araújo acredita que a venda do mando de campo prejudica o CSA do ponto de vista esportivo. Para ele, jogar em Maceió é uma arma para possíveis vitórias alagoanas.

“Temos a chance de ver o CSA jogar a primeira divisão depois de muito tempo. Então tem que tentar fazer história e ver o que acontece. Eu acredito que as poucas chances de tirar pontos dos times grandes é exatamente ao lado do calor da sua torcida, sem contar a logística de viagem e o calor do Nordeste que pode atrapalhar um pouco os times grandes”, pontuou.

O comentarista e ex-jogador, Zinho, criticou a postura do CSA em vender o mando de campo durante o programa Expediente Futebol, do canal FOX Sports.

“Se autoriza a vender o jogo contra o Flamengo, acaba sendo uma vantagem para o Flamengo. Se o CSA está com crise financeira, mas quanto tempo o CSA não luta pra chegar na primeira divisão? E qual é a força pro CSA? Jogar em casa. Tanto é que ele tirou pontos dos dois líderes. A possibilidade que o CSA tem de permanecer (na Série A) é o seu mando de campo e sua torcida, pois vai ser difícil fora de casa”, disse o comentarista.

Após o anúncio da venda do mando de campo, foi feita uma campanha para que torcedores do CSA boicotassem o time no jogo contra o Goiás, no próximo dia 27, no Estádio Rei Pelé. O cartaz, que circula nas redes sociais, sugere que nenhum azulino vá ao Trapichão para assistir a partida.

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Em contrapartida aos protestos, outra parte da torcida azulina viu com bons olhos a venda do mando de campo do duelo diante do Flamengo. Deste lado da manifestação, os torcedores divulgaram cartazes em apoio ao presidente do CSA, Rafael Tenório.

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Para João Paulo Nunes, o CSA precisa de dinheiro para contratar mais e conseguir brigar com os seus principais rivais na competição nacional.

“Nossa disputa no campeonato não é com o Flamengo, mas com os clubes que estão mais na parte baixa da tabela. Vender o jogo contra o Flamengo vai render dinheiro ao CSA e isso será revertido em contratações, que fará o nosso time ficar mais forte para brigar de igual para igual com equipes como Vasco, Fluminense, Botafogo, Goiás e outros”, explicou.

Os valores envolvidos na negociação com a empresa Roni7, que comprou o mando de campo e transferiu para Brasília/DF, não foram divulgados pela diretoria do CSA. Entretanto, Rafael Tenório revelou que gira em torno de 4 vezes mais que a renda arrecadada na partida contra o Palmeiras, resultando em uma quantia de aproximadamente R$ 1,5 milhão.

Em entrevista coletiva, Tenório afirmou que a diretoria azulina não pretende vender mais nenhum mando de campo neste 1º primeiro e avalia a venda de uma segunda partida, no 2º turno da competição. O dirigente ainda citou clubes grandes brasileiros que adotaram a mesma medida. Ainda de acordo com o cartola, os recursos irão assegurar a contratação de dois novos atletas para o plantel azulino.

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