Casal trama e executa pai adotivo após se arrepender de doar criança

Ascom PC/AL

Delegado Regional de Arapiraca, Igor Diego

Uma trama novelesca resultou num crime brutal e, nesta quinta (16), na prisão de cinco suspeitos acusados de matar a pauladas um homem em outubro de 2018, na zona rural de Craíbas, cidade da região agreste do Estado.

As prisões ocorreram em cumprimento a mandados de prisão expedidos pela 8ª Vara Criminal de Arapiraca, após representação do delegado regional de Arapiraca, Igor Diego, que presidiu o inquérito policial, que agora será remetido à Justiça.

A investigação apontou que Renata Feitosa de Oliveira, após ter engravidado de William dos Santos e este ter se mudado para São Paulo, decidiu dar a criança em adoção para um comerciante identificado como José Alaércio da Silva, de 33 anos, conhecido como José Barbeiro, que não só adotou o bebê, como colocou o próprio nome na certidão de nascimento da criança.

William, no entanto, após voltar à cidade e descobrir que Renata havia dado à luz a uma filha de ambos teria exigido a devolução da criança, encontrando, obviamente, a resistência dos pais adotivos, que já haviam se afeiçoado ao bebê.

Para a polícia, a partir daí, Renata decidiu pelo planejamento da morte de José Barbeiro, contando com o apoio do amante, William, e de outros três suspeitos, identificados como Denisvaldo da Silva, José Roberto da Silva Nabuco e Edivan da Silva Santos. Segundo Diego, dois suspeitos já possuem registros policiais, inclusive mandados em aberto por outro homicídio.

No dia do crime, 13 de outubro, os assassinos teriam aguardado o comerciante sair do seu trabalho e o abordaram no acesso ao Povoado Riacho Salgado, em Craíbas, onde o mataram a pauladas. No local do crime, os assassinos deixaram a moto da vítima, o que fez a polícia descartar a tese de latrocínio.

Todos os envolvidos no crime negam a sua autoria. Em entrevista ao Alagoas 24 horas, o delegado informou que todos foram autuados e que os homens serão levados para a Casa de Custódia de Arapiraca e Renata será trazida para o Presídio Santa Luzia, em Maceió, onde ficará à disposição da Justiça.

A criança, hoje com cerca de dois anos, segue sob a custódia da mãe adotiva.

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