Após a prisão do presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos, na tarde deste sábado (25), por suspeita de fraude financeira em partidas realizadas no Mané Garrincha, no Distrito Federal, o CSA – que enfrentará o Flamengo em junho no mesmo estádio – garantiu que o confronto segue sem alterações.
O presidente foi preso pela Polícia Civil em um camarote do próprio estádio enquanto assistia à partida entre Botafogo e Palmeiras. Junto com ele, foi preso o ex-jogador Roni, dono da empresa “Roni7” que atua levando jogos para outras praças do país. Eles são suspeitos de fraudar borderôs dos jogos em Brasília.
O CSA anunciou no último dia 14 de maio a venda da partida contra o clube carioca – que será realizada no dia 12 de Junho, válida pela 9ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro – em troca de um alto valor, não revelado ao público. A decisão dividiu torcedores e acarretou, inclusive, o afastamento temporário do presidente do clube marujo, Rafael Tenório.
O Alagoas24Horas tentou entrar em contato com Tenório, mas não obteve resposta. Em contato com a assessoria do CSA, a informação é de que não há envolvimento algum entre o clube e este episódio e que todos os esforços estão concentrados na partida desta segunda-feira (27) contra do Goiás, em casa, no estádio Rei Pelé.
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A assessoria do CSA reforçou ainda que a empresa responsável pela compra da partida não é a Roni7 e que sendo assim, não há problemas para o jogo, que segue marcado, após contrato assinado e pagamento já recebido.
A “Roni7” foi a empresa responsável por negociar, em 2015, o mando do jogo entre ASA e Palmeiras pela terceira fase da Copa do Brasil, que acabou sendo realizado no estádio do Café, em Londrina, no interior do Paraná.
Esquema
De acordo com o que foi revelado pelas investigações da operação intitulada “Episkiros”, em referência ao jogo com bola criado na Grécia antiga que deu origem ao futebol, e pode significar também “jogo enganoso”, os envolvidos informavam um valor de arrecadação menor para pagar menos de aluguel e impostos.
A Coordenação Especial de Repressão ao Crime Organizado, à Corrupção, aos Crimes contra Ordem Tributária e Administração Pública (Cercor) da Polícia Civil do DF diz que os crimes cometidos são os de associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato majorado e sonegação fiscal. Sete mandados de prisão temporária foram expedidos pela 15ª Vara Federal Criminal do DF.
