O julgamento de Otávio Cardoso da Silva Neto, acusado de matar e ocultar o corpo de Bárbara Regina, em setembro de 2012, teve início na manhã desta terça-feira (28), e está sendo presidido pelo juiz John Silas da Silva, no Fórum da Capital, situado no Barro Duro, em Maceió.
Segundo o juiz, apesar da grande repercussão, o caso deve transcorrer de forma tranquila nesta terça. “É um julgamento que chama mais a atenção da sociedade, mas está dentro dos parâmetros e esperamos que tudo transcorra dentro da normalidade”, afirma ele.
O promotor Antônio Vilas Boas, do Ministério Público de Alagoas, em entrevista ao Alagoas 24 Horas, afirmou que a estratégia da acusação permanece a mesma adotada na fase processual. “O Ministério Público tem provas mais do que suficientes para condenação, ainda que o corpo não tenha sido encontrado. Até porque outras provas testemunhais podem suprir a ausência desse fator”, explica.
De acordo com a denúncia, o crime teria ocorrido após a vítima sair da boate Le Hotel, situada no bairro da Ponta Verde, junto ao réu. As imagens da câmera de segurança registraram o momento em que a universitária sai do local. Foi a última vez que Bárbara foi vista.
Ainda segundo a acusação, o réu teria confidenciado a prática do crime a um amigo, alegando que o teria feito com golpes de punhal no peito e asfixiando a vítima. Outro ponto levantado pelo promotor é de que Otávio teria ficado com o celular da vítima e também fugido para Mato Grosso do Sul, onde cometeu um assalto e foi preso em seguida.
O réu nega que tenha cometido o homicídio. Segundo ele, Bárbara teria pedido uma carona e, após sair do estabelecimento, levou a universitária até um trecho da orla da Ponta Verde, onde a teria deixado.
O defensor público Arthur Loureiro afirma que esta será a linha seguida pela defesa durante o julgamento, no entanto, não deu maiores detalhes sobre a estratégia que será adotada na tentativa de absolvição do réu.
Caso a condenação se concretize, o réu, que responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver, pode pegar de 18 até 24 anos de prisão.