O domingo foi de protesto para moradores do Pinheiro, Bebedouro e Mutange, que cobram da Justiça o bloqueio de R$ 6,7 bilhões da Braskem, apontada como responsável pelos danos ambientais que resultaram no afundamento dos bairros citados e danos aos imóveis de cerca de 40 mil famílias.
Nesta manhã os manifestantes bloquearam os dois sentidos da Avenida Assis Chateaubriand, em frente a mineradora, no bairro do Pontal para tentar pressionar o Tribunal de Justiça na ação movida pelo Ministério Público Estadual e Defensoria Pública. O protesto deixou o trânsito congestionado na região que dá acesso ao Litoral Sul do Estado.
Para os manifestantes, o bloqueio é fundamental para minimizar os danos causados pela empresa, sobretudo, neste momento de indefinição vivido pelas famílias. Na sexta-feira (7) a Prefeitura de Maceió divulgou o novo mapa de setorização de danos e linhas de ações prioritárias divulgado para orientar a população das áreas afetadas a adotar medidas de autoproteção até que todas as medidas do plano de integrado sejam executadas. (Confira os detalhes aqui).
Os manifestantes reclamam que a divulgação do novo mapa trouxe ainda mais confusão e medo às famílias, já que todas as áreas aparecem em rico. “A gente não tem recurso para sair, não sabe o que fazer em caso de emergência e permanece sem definição nenhuma”, diz José Fernando, morador do Mutange.