Uma mãe americana de cinco filhos que foram mortos pelo pai deles pediu ao júri que poupe o homem da pena de morte.
O homem de 37 anos foi condenado em maio pelo assassinato das cinco crianças, de idades entre 1 e 8 anos. O crime ocorreu na residência dele, em Lexington, no dia 28 de agosto de 2014.
O júri agora vai decidir se Jones Jr. deve ser executado ou cumprir pena de prisão perpétua. “Eu sei o que meus filhos passaram e tiveram que suportar”, disse Kyzer no tribunal, na semana passada.
“Como mãe, se eu pudesse arrebentar a cara dele, eu faria. É a mãe dentro de mãe, a mãe urso.”
Mas Kyzer acrescentou ao júri que, durante grande parte de sua vida, foi contrária à pena de morte.
Ela afirmou que, embora em vários momentos tenha desejado que o sistema penal americano “fritasse” Jones, ela não optaria pela pena de morte ao ex-marido.
“Meus filhos o amavam e se eu estiver falando em nome dos meus filhos, não de mim mesma, é o que devo dizer.”
Ela destacou, porém, que respeitará qualquer decisão que o júri tomar.
Casamento
Kyzer e Jones se casaram seis semanas após se conhecerem em 2004, quando ambos trabalhavam num parque infantil em Chicago.
Kyzer explicou que o relacionamento começou a desandar quando o marido se tornou muito religioso e passou a defender que mulheres só devem ser “vistas, não ouvidas”.
Ela disse que, quando se separaram, nove anos depois, deu ao marido a custódia das crianças, porque ele tinha um carro e recebia US$ 80 mil dólares por ano como engenheiro de computação.
Kyzer se encontrava com as crianças todo sábado num restaurante da rede Chick-fil-A, especializado em frango.
O assassinato
O júri foi informado que, na noite do assassinato das crianças, o que teria desencadeado a fúria de Jones foi o fato de um de seus filhos, Nathan, um menino de 6 anos, estar brincando com uma tomada, em casa.
Ele matou o filho e decidiu estrangular as outras quatro crianças: Elaine, de um ano, Gabriel, de dois anos, Elias, de sete anos, e Mera, de oito anos.
Jones enrolou os corpos em plástico, os colocou no carro e dirigiu com eles por nove dias antes de deixá-los numa área rural do Alabama.
O homem foi preso ao ser parado por guardas de trânsito que teriam reconhecido o “cheiro de morte” vindo do carro.
Jones se declarou inocente durante o julgamento – não por não ter cometido o crime, mas alegando “motivo de insanidade”.
A defesa disse que ele sofria de uma esquizofrenia não diagnosticada – doença que a mãe de Jones também teria.
Os advogados argumentaram que o homem ficou transtornado depois que a esposa o deixou.