O presidente Jair Bolsonaro (PSL) cumpriu agenda no Rio Grande do Sul neste sábado (15). Ele participou da Festa Nacional da Artilharia, que homenageia o marechal Emílio Luiz Mallet em Santa Maria, na Região Central. O evento começou por volta das 19h e se encerrou pouco depois das 21h.
Ao fim da cerimônia, fez um breve discurso, no qual destacou a atuação das Forças Armadas e disse que os Estados Unidos aceitaram o Brasil como aliado extra-Otan (veja mais abaixo).
O avião que trouxe o presidente à cidade gaúcha pousou na base aérea no fim da tarde. Bolsonaro foi recepcionado por apoiadores, que aguardavam a passagem dele pela ERS-287.
O carro que levava o presidente até o local do evento parou para que ele cumprimentasse o público, que o recebeu aos gritos de “mito”, carregando bandeiras do Brasil.
Neste momento, o presidente pegou na mão um boneco inflável, apelidado de “Pixuleco”, que estava com um eleitor, estapeou e jogou para o alto. O boneco representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestindo uma roupa de presidiário.
Depois, ele seguiu em comitiva para o Regimento Mallet, onde chegou por volta das 19h.
A festa comemora o aniversário de nascimento do marechal Emílio Luiz Mallet, patrono da Arma de Artilharia, que participou de um dos confrontos mais sangrentos da América do Sul, a Batalha de Tuiuti, entre a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) e o Paraguai.
Também participaram da cerimônia o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que chegou a Santa Maria pela manhã e participou de reuniões fechadas, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da presidência, general Augusto Heleno, o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), e deputados.
Discurso destaca Forças Armadas
Depois da abertura do evento, Bolsonaro e Mourão se encaminharam para a pista do Regimento, onde desfilaram com militares.
Em seguida, o presidente fez um breve discurso, de cerca de cinco minutos, quando aproveitou para elogiar as Forças Armadas. “Em nenhum momento da sua história se furtou de estar ao lado do seu povo para lutar por democracia e liberdade.”
Bolsonaro, que recentemente apresentou decreto que flexibiliza a posse e o porte de armas, foi aplaudido quando falou sobre o acesso a armas pelo povo.
“A nossa vida tem valor, mas tem algo muito mais valoroso que nossa vida, que é a nossa liberdade. Além das Forças Armadas, defendo o armamento individual para o nosso povo, para que tentações não passem na cabeça de governantes para assumir o poder de forma absoluta. Temos exemplos na América Latina e não queremos repeti-los e, confiando no povo e nas suas forças armadas, esse mal cada vez mais se afasta de nós”, disse.
Aliado extra-Otan
Durante o discurso, Bolsonaro disse que os Estados Unidos aceitaram o Brasil como aliado extra-Otan.
“Com muito orgulho, anuncio que há pouco colhemos um dos frutos da nossa viagem aos Estados Unidos”, salientou. “Possibilidade que permite interagirmos mais com o mercado de defesa”, acrescentou o presidente.
No dia 8 de maio, Trump notificou o Congresso norte-americano de que pretendia designar o Brasil um aliado prioritário extra-Otan.
Com a confirmação, o Brasil entra no rol de países como Israel, Austrália e Argentina – até então o único sul-americano a integrar a lista.
Ser um aliado extra-Otan aproxima militarmente o Brasil dos Estados Unidos. Saiba mais.
Após o término da cerimônia, Bolsonaro retornaria à capital federal.