Com o objetivo de disponibilizar mais um dispositivo de prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis aos grupos de risco, a Secretaria Municipal de Saúde começou a fornecer a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV no Bloco I do PAM Salgadinho, localizado no Poço.
A PrEP visa prevenir a infecção pelo HIV, caso ocorra exposição ao vírus, consistindo no uso diário de uma pílula que contém dois medicamentos, o tenofovir e a entricitabina, que bloqueiam a infecção pelo HIV. Por este motivo, a PrEP é prescrita às pessoas que tenham maior chance de entrar em contato com o HIV, por não usar preservativos nas relações sexuais.
De acordo com Géssyka Mello, coordenadora do Bloco I do PAM Salgadinho, a profilaxia pré-exposição é destinada para segmentos prioritários, determinados pelo Ministério da Saúde. “A PrEP é voltada para pessoas que estão mais propensas até pelo histórico estatístico do país, como gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans, trabalhadores(as) do sexo e parcerias sorodiferentes – quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não, mas nem todos os integrantes desses grupos estão aptos para tomar a medicação”, conta.
Fluxo da medicação
Para ter acesso à PrEP o paciente não precisa de encaminhamento, mas é necessário passar por um fluxo para saber se ele se encaixa nos grupos atendidos.
“A pessoa teve conhecimento da PrEP, se interessou e quer de livre e espontânea vontade iniciar a utilização do medicamento, vem aqui no nosso Centro de Testagem e Aconselhamento, no Bloco I, do PAM Salgadinho. A partir daí, vai passar por um profissional, que chamamos de aconselhador, para que eles conversem. Faz a triagem e sabe se é uma pessoa que está nos critérios”, explica a coordenadora, lembrando que o usuário realiza também o teste rápido, para saber se esse paciente é HIV positivo ou não.
“Caso passe pelo aconselhador e ele mantenha a decisão pela PrEP, ele vai ser marcado para um infectologista, que vai passar alguns exames primordiais para iniciar a PrEP. Apresentando um resultado que mostre que está tudo bem, vai ser prescrita a profilaxia”, pontua Géssyka.
No início do tratamento, o paciente volta com um mês à unidade para avaliar adesão e efeito adverso. Neste momento, ele passa pelo médico e também pelo aconselhador e realiza novamente o teste rápido. “Estando tudo bem, ele volta a cada três meses para consulta e prescrição do medicamento. A decisão de parar é do indivíduo ou se o profissional perceber que ele não está aderindo”, completa Géssyka.
Para ter acesso ao fluxo que leva à prescrição do medicamento ou ter mais informações, basta o usuário, integrante dos grupos prioritários, comparecer ao Bloco I, do PAM Salgadinho, no turno da manhã ou da tarde.