O marceneiro Alex Alexandre Ferreira, de 41 anos, jogou álcool na esposa, ateou fogo e a deixou trancada no quarto durante 17 horas, de acordo com a Polícia Civil. O crime ocorreu em outubro de 2018, na Zona Sul de São Paulo. O investigado estava desaparecido desde então, até ser encontrado e preso em Goiânia, na sexta-feira (19).
O homem confessou que jogou o líquido inflamável em Sheron Chaves Monteiro, que tinha 34 anos. No entanto, alega que ela se queimou acidentalmente, pois o fogo surgiu quando eles foram fumar.
“Ele confessa parcialmente o crime. Disse primeiro que um botijão de gás tinha explodido. Mas mudou a versão falando que eles estavam fazendo um churrasco, tinha uma garrafa de álcool, eles começaram a brigar e jogou o álcool nela. Disse que, depois, eles saíram para fumar e isso provocou as queimaduras. Mas não explicou porque não deu socorro à companheira”, contou a delegada Marcella Orçai.
Segundo as investigações, feitas por São Paulo, Sheron morreu queimada na própria casa. A polícia apontou ainda que a vítima permaneceu por 17 horas no local, com mais de 70% do corpo queimado, até que uma vizinha lhe prestasse socorro. Sheron não resistiu aos ferimentos e morreu quatro dias depois, em um hospital da capital paulista.
Ao ser apresentado à imprensa pela Polícia Civil, nesta segunda-feira (22), o preso reforçou que foi um acidente e que não chamou socorro para a vítima por medo, mas não explicou do que.
“Cerca de três meses antes do crime, a vítima o denunciou por agressão, mas não deu andamento no caso. Eles acabaram reatando uma semana antes de ela ser morta”, completou a delegada.
Alex foi preso após policiais da Delegacia de Investigação de Homicídio (DIH) assistirem a uma matéria sobre o caso, pesquisarem pelo suspeito e descobrirem que ele tinha parentes em Goiânia.
O marceneiro estava morando há três semanas com uma mulher no setor Luana Park. Ele foi preso quando chegava para trabalhar, no Setor Solange Park.
Segundo a Polícia Civil, Alex vai responder por feminícidio. Caso seja condenado, a pena pode chegar a 30 anos de prisão. Ele deve ser encaminhado para um presídio de São Paulo, onde aconteceu o crime.