O presidente do CSA, Rafael Tenório, afirmou em entrevista ao Alagoas 24 Horas que a permanência do clube na Série A não depende mais da diretoria, mas sim, dos atletas que defendem as cores azulinas na competição. Após a goleada sofrida para o time reserva do Athlético Paranaense, em casa, a situação da equipe ficou ainda mais difícil.
“Nós fizemos reuniões sexta, sábado, domingo e ontem. Nós conversamos com os atletas e a comissão técnica e esperamos melhorar. Nossa intenção é permanecer na Série A, mas não depende mais da diretoria, mas sim dos jogadores. Não podemos fazer mais nada. Nós temos que pagar em dia a comissão e os jogadores e agora depende deles”, afirmou o presidente.
No último domingo (21), após entrevista do cartola à Rádio Difusora, alguns torcedores marujos repercutiram nas redes sociais que Rafael Tenória teria “jogado a toalha” após ter vislumbrado a volta do CSA à Série B. Na ocasião, o presidente estava falando sobre a construção de um novo CT.
“Estamos na iminência de sairmos do Mutange e com o dinheiro que estamos para receber de indenização iremos construir um CT com o que tem de melhor para o clube. Quando voltarmos para a Série B, iremos voltar sem dívidas e equilibrados financeiramente. O CSA pode e tem condições de disputar uma Série B e voltar de novo para a Série A já conhecendo a capacidade de recursos”, disse à Rádio Difusora.
Ao Alagoas 24 Horas, o presidente azulino afirmou que apenas foi sincero quanto ao desempenho do clube na competição, mas que a diretoria não desistiu do objetivo de permanecer na elite do futebol brasileiro.
“O que eu tinha de dizer, já disse na entrevista. É questão de interpretação por parte de quem ouviu. Não tem nada de jogar a toalha. Eu só estou sendo sincero, nós tivemos 33 pontos disputados e uma performance de 18% de aproveitamento”, comentou.
Novo CT
Tenório explicou que o clube visa a construção de um novo centro de treinamento após o recebimento de verba indenizatória baseada no decreto de calamidade pública que atinge os bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange (onde está localizado o atual CT do clube).
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“Estamos esperando o Tribunal de Justiça (TJ) enviar os avaliadores do imóvel. Estivemos com o presidente do TJ, Tutmés Airan, e se nós concordarmos com esta avaliação, tudo tranquilo. Caso não, iremos chamar um outro avaliar e a gente negocia os valores. Mas creio que não haverá dificuldades”, afirmou o presidente azulino.
O CSA seguirá os passos do seu maior rival, o CRB e fará um CT fora da cidade de Maceió. O novo destino da equipe deve ser a cidade de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió.
Investimento chinês
Sobre a possível criação de uma empresa que administrará o departamento do CSA, anunciado no início de maio, o presidente azulino afirmou que o processo dependerá de uma reunião do Conselho Deliberativo do clube.
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Raimundo Tavares, presidente do conselho, informou à reportagem que ainda não há previsão para que esta reunião aconteça, pois o Conselho Deliberativo do CSA ainda não recebeu uma proposta oficial dos possíveis investidores chineses.
“Não temos uma reunião marcada, pois não temos nada concreto que nos dê condições de realizar uma reunião. Não adianta nos reunirmos se não tem nada ainda. O que falta é uma proposta concreta dos investidores, somente a partir daí, podemos levar isto para o conselho”, finalizou.