Representantes do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) discutiram, na manhã desta quarta-feira (14), a criação da República Acolhedora, local para receber jovens egressos dos abrigos de acolhimento da capital após terem completado 18 anos. Objetivo é garantir moradia digna para aqueles que não foram adotados antes de atingirem maioridade até conseguirem um emprego.
De acordo com o secretário da Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude (CEIJ), José Hamilton Ramos, há apenas dois abrigos desse tipo no Brasil, e o TJAL é o primeiro tribunal a ter iniciativa na construção desse programa. “É um projeto de grande importância, já que ele vai acolher os jovens que estão nessa posição de vulnerabilidade”, ressaltou o secretário.
Na República Acolherdora, os jovens terão acesso a cursos e palestras. Além disso, empresas privadas serão estimuladas a contratá-los. A ideia é concretizar o projeto o mais rápido possível. “A partir de hoje, um imóvel já está sendo buscado para servir de local”, afirmou o secretário.
Além de José Hamilton Ramos, participaram da reunião as servidoras Salete Beltrão e Adrielly Veloso do TJAL, além da psicóloga Sofia Kelly Cavalcante e as assistentes sociais Eunice Novaes e Sheila Barros, da SEMAS.
O desembargador Tutmés Airan de Albuquerque Melo, presidente do TJAL, já havia demonstrado preocupação com o fato de os jovens saírem dos abrigos e não terem para onde ir. Uma nova reunião ocorrerá no dia 4 de setembro para a conclusão do esboço do projeto.