Lava Jato prende auditor da Receita suspeito de chefiar esquema de extorsão

Equipe da PF na Estrada da Cachamorra, em Campo Grande — Foto: Diego Haidar/TV Globo

Agentes da Lava Jato no RJ prenderam nesta quarta-feira (2) um auditor da Receita Federal suspeito de chefiar um esquema de extorsão contra investigados da própria força-tarefa. Um ex-funcionário do órgão também foi preso.

Marco Aurelio Canal, supervisor de Programação da Receita na Lava Jato do Rio, era um dos procurados da Operação Armadeira. A Polícia Federal, com apoio da Receita, tenta prender outras 12 pessoas.

A Lava Jato contou com escutas autorizadas pela Justiça e ações controladas – como adiar o cumprimento de mandados de prisão – para localizar os suspeitos.

Segundo as investigações, o esquema na Receita prosperou à medida que a Lava Jato avançava. A suspeita é que Canal, que tinha acesso a detalhes dos investigados, usava os dados para lhes extorquir dinheiro – em troca de redução ou cancelamento de multas.

Pedidos de prisão preventiva
Daniel Monteiro Gentil;
Elizeu da Silva Marinho, preso;
José Carlos Lavouras;
Marcial Pereira de Souza;
Marco Aurelio da Silva Canal, preso;
Monica da Costa Monteiro Souza;
Narciso Gonçalves;
Rildo Alves da Silva;
Sueli Monteiro Gentil.
Pedidos de prisão temporária
Alexandre Ferrari Araujo;
Fabio dos Santos Cury;
Fernando Barbosa;
João Batista da Silva;
Leonidas Pereira Quaresma.

Os 14 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.

Nova delação e dossiê
A operação desta quarta é baseada em novas delações de Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor – a federação das empresas de transporte do estado – e de Ricardo Siqueira. Ambos são réus em fases da Lava Jato.

Canal já tinha sido citado no inquérito sobre ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que tramita na própria corte, como um dos responsáveis por uma apuração feita pela Receita sobre 133 contribuintes, entre os quais o ministro Gilmar Mendes e a mulher dele.

Segundo as investigações, Canal distribuiu esse dossiê a outras pessoas.

No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do procedimento de investigação.

Fonte: G1

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