No mês em que completa três anos do brutal assassinato da professora Joana de Oliveira Mendes, de 34 anos, o seu assassino confesso, Arnóbio Henrique Cavalcante de Melo, 40, irá pedir à justiça para aguardar o julgamento em prisão domiciliar. Pedido semelhante já foi negado pela Justiça em janeiro de 2018.
Arnóbio Henrique atraiu Joana para um encontro sob o pretexto de assinar o divórcio e negociar a pensão do filho do casal e a matou com mais de 30 facadas – a maioria no rosto – dentro do veículo da vítima, no Santo Eduardo. Após o crime, o assassino voltou para casa e para justificar o sangue alegou ter sido vítima de um assalto. Na casa do assassino, a polícia apreendeu a arma do crime.
Nesta quarta (30), a defesa de Arnóbio Cavalcante tenta mais um recurso junto à justiça alagoana para aguardar o julgamento em casa. A possibilidade de ver o assassino de Joana solto provoca indignação na família da vítima.
“A brutalidade do crime faz com que todos da família sintam-se ameaçados com essa possibilidade”, diz Julia Mendes, irmã de Joana. “Sabemos que a prisão domiciliar, mesmo com uso da tornozeleira eletrônica, não é o suficiente para impedir uma tentativa de fuga e de deslocamento. Confiamos que a Justiça alagoana não permitirá que isso ocorra”.
E conclui “imagine o risco que corre não apenas nossa família, mas toda a sociedade, caso ele possa cumprir prisão em casa”.