O presidente da Bolívia Evo Morales renunciou à Presidência da Bolívia às 17h (18h em Brasília), após ser pressionado pelas Forças Armadas e por protestos em diversas cidades do país.
“Me dói muito que nos tenham levado ao enfrentamento. Enviei minha renúncia para a Assembleia Legislativa Plurinacional”, afirmou.
O vice-presidente, Álvaro García Linera, também apresentou a sua renúncia. Nas últimas horas, ao menos três ministros também entregaram seus cargos.
Neste domingo, a Organização de Estados Americanos (OEA) disse que houve irregularidades nas eleições ocorridas no último dia 20 de outubro e recomendou que fosse realizado um outro pleito.
Pressionado, Evo Morales acatou o pedido e decidiu convocar novas eleições.
Pouco mais tarde, os chefes das Forças Armadas e da Polícia, além da oposição, haviam pedido que o agora ex-presidente deixasse o cargo para “pacificar” o país.
Evo Morales pegou um voo no aeroporto de El Alto, em La Paz, onde o presidente estava desde a manhã do domingo, e aterrissou no aeroporto de Chimoré, perto de Cochabamba, um de seus redutos políticos, onde anunciou que renunciaria.
Ainda não se sabe a data, como será a nova eleição e se Evo Morales vai ser um dos candidatos.