A prisão de José Roberto Morais, padrasto do menino Danilo Almeida Campos, morto a golpes de arma branca há exatos um mês, está causando tensão entre a Defensoria Pública do Estado e a Polícia Civil de Alagoas.
O imbróglio teve início quando a mãe do garoto, Darcineia Almeida, e o próprio padrasto, José Roberto, acusaram os delegados responsáveis pelo caso de tortura psicológica durante um depoimento. A Defensoria chegou a solicitar o afastamento dos delegados, o que foi ignorado pela cúpula da polícia judiciária alagoana.
Na última sexta (8), a Polícia Civil prendeu José Roberto acusado de cometer crimes de tentativa de homicídio, estupro de vulnerável, lesão corporal, cárcere privado e sequestro supostamente cometidos pelo acusado em 2010 contra a ex-mulher e a enteada. A prisão não tem relação – direta – com a morte de Danilo.
Na manhã desta terça (12), o delegado Fábio Costa informou que a Polícia Civil descobriu mais uma acusação contra José Roberto, por xingar e agredir uma ex-companheira em Maceió, no ano de 2014. O processo, no entanto, foi arquivado.
A PC alega, ainda, que a prisão de José Roberto foi solicitada porque os delegados acreditam que o gêmeo da vítima “poderia estar correndo sério risco a sua integridade”.