Servidores estaduais protestaram contra a Reforma da Previdência proposta pelo governador Renan Filho na Assembleia Legislativa (ALE), nessa segunda-feira (9)
Os manifestantes compareceram ao local durante a sessão ordinária que teve a reforma como principal pauta. Um dos temas mais controversos do texto é a taxação dos servidores inativos.
Em plenário, o deputado Davi Maia (DEM) afirmou que o texto da Reforma da Previdência Estadual proposta de Renan Filho é incoerente. Ele citou diversas declarações do governador e de secretários de Estado de sua administração contra o modelo proposto pelo ministro Paulo Guedes, no presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Durante a sessão, apenas poucos representantes de sindicatos puderam entrar, o que gerou princípio de tumulto do lado de fora da ALE. A Polícia Militar precisou ser acionada.
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Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirmaram que o texto discutido em plenário foi elaborado sem ouvir os servidores. A pauta será retomada nesta terça-feira (10).
Greve dos peritos
Nessa segunda-feira (9), os servidores da Perícia Oficial de Alagoas (POAL) deflagraram greve por tempo indeterminado. A categoria cobra a criação de vagas para os quadros do órgão, que segundo a categoria, foi prometido por Renan Filho.
“O projeto foi um compromisso do governo, inclusive para viabilizar a abertura do Instituto de Criminalística de Arapiraca. Foi amplamente discutido. Foi um consenso. Estamos fazendo nossa parte. Queremos apenas o cumprimento dos acordos firmados. Nada além disso”, afirmou Paulo Rogério, presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas.
A paralisação vai atingir parcialmente os serviços dos institutos médicos legais de Maceió e Arapiraca e do Instituto de criminalística. Nos IMLs, as necropsias terão redução de 50%; exames cautelares em presos; exames complementares; exames domiciliares e exumações serão suspensos na totalidade. Os demais serviços estarão mantidos, como exames de corpo delito na população em geral; exames em vítima de crimes sexuais, entre outros. O Instituto de Criminalística vai operar com 50% de sua capacidade para atendimento às perícias em locais de crime. Somente serão periciados locais com a presença da Polícia Civil. Além disso, não serão recebidos, na sede do Instituto, armas e munições; drogas; documentos; entre outros.
As atividades normais só deverão ser retomadas após o envio para a Assembleia Legislativa do projeto de lei que, entre outras providências, promove a criação de vagas para os quadros da Perícia Oficial.