A americana Chrystul Kizer, de 19 anos, foi condenada a prisão perpétua por matar o homem que a estuprou e a vendeu ao tráfico sexual quando tinha somente 16 anos. A jovem confessou o crime durante o julgamento alegando legítima defesa, mas o argumento não foi aceito pelo juiz do caso.
Sobre racismo hereditário
Segundo o “Daily Mail”, Kizer é uma das 12 meninas que foram abusadas sexualmente pelo criminoso e filmadas sem seu consentimento.
Quatro meses antes de ser morto, Volar foi preso sob acusação de crime sexual envolvendo menor de idade. Ele usava um computador para facilitar o contato com as vítimas, entre elas Kizer. A polícia, porém, o liberou pouco tempo depois sem explicação.
Seu assassinato aconteceu no dia 5 de junho de 2018 quando a jovem deu dois tiros em sua cabeça em sua casa em Kenosha, Wisconsin. Kizer, após os disparos, incendiou o corpo e fugiu do local na BMW do criminoso.
A polícia localizou o veículo horas depois em Milwaukee e passou a investigar a jovem, que confessou o crime.
Com base numa troca mensagens de texto com amigos e uma selfie que ela publicou nas redes sociais dizendo ser sua “mugshot” [foto na prisão], a promotoria argumentou que Chrystal planejou o assassinato.
Em sua defesa, Kizer afirmou não ter ido à casa de Volar na noite do crime com a intenção de matá-lo. Ela somente teria cometido o homicídio depois de sofrer uma tentativa de estupro após ser drogada.
O caso da jovem abriu um debate nos Estados Unidos sobre o racismo e machismo na justiça americana. Uma petição foi aberta no site Change.org para que o juiz do caso anule todas as condenações contra ela.
“A punição que Chrystul está enfrentando por defender sua própria vida indica que mulheres e meninas negras não têm como se defender”, diz a mensagem no site.