O Instituto Médico Legal (IML) confirmou hoje, 28, que a ossada encontrada na última segunda-feira (23), envolta de arame, junto a um amontoado de lixo na parte alta de Maceió é sim um esqueleto humano. Após o achado, levantou-se a hipótese de que o material pudesse ser um artefato feito de resina plástica utilizado para estudos de anatomia.
Após uma semana de análise, os peritos médico-legista Avelar de Holanda Júnior e odonto-legista João Alfredo Guimarães, responsáveis pelo exame antropológico, descobriram que a ossada é do sexo masculino e pelo desgaste na arcada dentária deve ter acima de 50 anos. O exame apontou também que a ossada é bem antiga e estava montada na estrutura metálica há vários anos.
Na ocasião, o relatório do Centro Integrado de Operações da Segurança Públicas (Ciosp) tratou o caso como achado de cadáver, sugerindo que aquele corpo poderia ser vítima de um ato de violência. Ele foi encontrado dentro de um saco plástico, em frente a uma empresa de água mineral no conjunto Village Campestre II.
Ainda segundo os resultados apresentados pelo IML, os resultados mostram que a coluna foi montada com um arame, afixada de maneira a manter a forma do esqueleto humano, além da existência de uma alça metálica no crânio que é utilizada para pendurar o esqueleto, que apresentava ossos bem gastados.
A partir da análise, o caso passa a ser tratado de outra forma, já que o descarte irregular de ossada humana é crime de vilipêndio, previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro. Por isto, o laudo do exame será encaminhado para a delegacia responsável pela investigação e caso, o autor do descarte seja identificado, ele poderá ser condenado a uma pena de detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e ainda pagar uma multa.
