Engana-se quem pensa que o farmacêutico tem atuação limitada aos balcões das farmácias de bairro. Embora essa seja uma das possibilidades, opções não faltam para quem se dedica a esta profissão milenar. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia – órgão responsável por regularizar e fiscalizar a profissão no Brasil – existem 135 especialidades agrupadas em 10 linhas de atuação.
A Resolução do CFF nº 572, de 25 de abril de 2013, detalha as 10 linhas de atuação: alimentos; análises clínico-laboratoriais; educação; farmácia; farmácia hospitalar e clínica; farmácia industrial; gestão; práticas integrativas e complementares; saúde pública e toxicologia.
Cristina Ravazzano Fontes, farmacêutica com mais de 30 anos de experiência, escolheu trabalhar na área de manipulação. “Farmácia é uma área que você cuida das pessoas. E trabalhar com manipulação potencializa isso, você prepara o medicamento com muito cuidado, é algo bem humanizado”, assegura a profissional que também casou com um farmacêutico.
A paixão pela profissão está no DNA de outra geração. A filha de Cristina, Flávia Ravazzano, também seguiu na área da farmácia, mas optou por um campo de atuação diferente. Além de ajudar a mãe na farmácia de manipulação, ela atua com análise clínica em um hospital. “Tenho dois exemplos em casa, minha mãe e meu pai são farmacêuticos. Eu sempre vi a paixão deles e isso foi crescendo em mim também”, conta a jovem farmacêutica que aproveita para dar uma dica àqueles que pensam em ingressar nesta carreira. “Além da paixão, para seguir nessa a área, é necessário gostar do cuidado com o outro e de química”.
Hoje, o Brasil conta com, aproximadamente, 221.258 farmacêuticos registrados. Do total, 87.794 desses profissionais trabalham em farmácias de qualquer natureza; os demais estão divididos principalmente em laboratórios de análises clínicas (9.718), farmácias públicas (11.251) e distribuidoras de medicamentos (4.436). O restante está espalhado por outras áreas.
Curiosidade: o Dia do Farmacêutico é comemorado em 20 de janeiro no Brasil. A ideia de criar uma data que celebrasse os profissionais de Farmácia começou com o farmacêutico Oto Serpa Grandado, que em 7 de janeiro de 1941, durante uma reunião da Associação Brasileira de Farmacêuticos, questionou os colegas o motivo pelo qual não existia um dia especial para comemorar a profissão, já que todas as outras profissões tinham uma data comemorativa.
Porém, apenas em 23 de janeiro de 2007, através da Resolução nº 460, de 23 de março de 2007, o Conselho Federal de Farmácia reconheceu o Dia do Farmacêutico. E, somente em 2010, o Dia Nacional do Farmacêutico foi instituído, de acordo com a Lei n.º 12 338, de 25 de novembro de 2010.
A escolha da data decorre do fato de que no dia 20 de janeiro é comemorado o aniversário da Associação Brasileira de Farmácia, criada em 1916.