Menino que faz crochê na web sofre preconceito e dá recado: “Não Liguem”

Ao G1, ele contou que teve a ideia para incentivar as pessoas a não se importarem com mensagens preconceituosas que possam desanimar.

Junior contou também que no início, quando recebia frases contra o crochê, ficava desanimado e até pensou em desistir. Contudo, a família continuou o apoiando.

“Eu fiquei bem triste quando isso aconteceu a primeira vez. Cheguei a pensar em desistir, mas minha mãe e minha família me incentivaram muito, assim como muitos da internet também. Minha família me apoia bastante e não imaginei tamanha repercussão.”

O vídeo que repercutiu nas redes sociais conta com a canção “Girassol”, de Whindersson Nunes e Priscilla Alcântara.

Nele, o adolescente aparece emocionado e segurando placas com comentários preconceituosos relacionados ao artesanato. Em seguida, o garoto mostra exemplos de mensagens positivas que o incentivam

Na legenda, ele escreveu “Não liguem para que os outros falam, você é especial”. As imagens viralizaram e alcançaram mais de 40 mil visualizações e mais de 3 mil comentários.

A maioria dos internautas apoiou o adolescente a continuar ensinando crochê e fazer o que realmente gosta. “Tenho certeza que você hoje serve de inspiração pra muitas pessoas”, escreveu um.

Aos 12 anos, Junior começou a fazer sucesso na web por ensinar como fazer diferentes tapetes e roupas de crochê. Agora, aos 15 anos, ele se divide entre a paixão por costura e os estudos.

Segundo o Junior, tudo começou quando ele aprendeu a fazer crochê com sua avó e tia, e postou uma foto de um tapete nas redes sociais.

“Eu sempre achei muito interessante ver que com a agulha e o crochê coisas muito bonitas podiam surgir. No ano passado pedi para elas me ensinarem e aprendi rápido. Postei uma foto na internet e muitos começaram a me perguntar como tinha feito. Foi aí que surgiu a ideia de começar a gravar os vídeos para ensinar as pessoas.”

Há dois anos, o G1 contou sobre o hobby do menino, que chegou a ter seu perfil removido definitivamente do Facebook. Para ele, que tinha quase 50 mil seguidores na época, foi uma grande frustração.

“Eu não tive mais problema com minhas contas na internet, ainda bem. Hoje minha mãe monitora, mas eu mesmo cuido do conteúdo.”

Para o “crocheteiro”, costurar representa diversão e uma forma de ensinar outras pessoas a fazer decorações diferentes para a casa.

“Para mim é uma diversão. Eu amo ensinar as pessoas e ter esse contato pela internet. Com o crochê você pode fazer várias coisas. E muita gente fala que é não é coisa de criança e de menino, mas eu acho que é sim. Eu amo fazer. Costurar é minha paixão.”