PRF prende grupo que atua na maior milícia do Estado do Rio de Janeiro

Grupo que atua em milícia da Zona Oeste do Rio e da Baixada foi preso com armas, munições e R$ 23 mil. — Foto: Divulgação/PRF

Três homens foram presos, na noite de sábado (1º), em Seropódica, na Baixada Fluminense, com armas, munições e uma grande quantidade em dinheiro. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o trio integra o grupo chefiado por Wellington da Silva Braga, o Ecko, que controla a maior milícia do Estado do Rio de Janeiro desde 2017.

Ele assumiu a chefia da organização criminosa desde a morte de seu irmão Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, e é um dos criminosos mais procurados do Brasil. O grupo do Bonde do Ecko atua explorando o controle de postos de combustíveis, transporte irregular e até extração de saibro.

Os três homens presos foram abordados por policiais rodoviários federais do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT), da 1ª Delegacia (Duque de Caxias), na BR-465, a antiga Rio-São Paulo.

Contra o motorista, havia um mandado de prisão por associação criminosa. Ele estava foragido desde fevereiro de 2019, quando foi decretada a sua prisão preventiva junto com mais 42 pessoas da quadrilha.

Ele é suspeito de torturar uma pessoa na Favela do Aço, em Santa Cruz, em 2015. A vítima, que estava prestes a ser executada, foi resgatada por agentes da Delegacia de Repressões às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais durante uma operação no local.

Segundo a polícia, o carro usado pelo trio tinha placas clonadas e registro de roubo. Com eles foram encontradas duas pistolas 9mm e uma .40, todas com a numeração raspada, além de dez carregadores, munições, rádio transmissor, capa tática com colete balístico, cintos de guarnição, uniformes camuflados, coturno, touca ninja, seis celulares e R$ 23 mil em dinheiro.

O caso foi encaminhado para a 52ª DP (Nova Iguaçu) e os presos foram levados para a Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte.

Bonde do Ecko

G1

A milícia Bonde do Ecko atua explorando o controle de postos de combustíveis, transporte irregular, sinais clandestinos de internet e TV a cabo, venda de botijões de gás e até a extração de saibro.

Inicialmente chamado de Liga da Justiça, o grupo começou atuando nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz, Cosmos, Inhoaíba e Paciência, na Zona Oeste, mas expandiu seus domínios para municípios da Baixada Fluminense e da Região Metropolitana.

A quadrilha chegou ao seu auge em 2007, com assassinatos e controle econômico da região.

Com os principais integrantes presos em operações, a configuração da milícia mudou. O bando passou a ser conhecido como Bonde do Ecko, em referência ao atual líder.

Fonte: G1

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