Policiais e agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro vasculharam, na manhã desta quarta-feira (12), o sistema de esgoto de um condomínio no Anil, Zona Oeste do Rio, em busca da arma utilizada no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
A ação foi realizada por homens da Divisão de Homicídios da Capital, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
De acordo com a unidade, mergulhadores da Core inspecionaram 27 cisternas do local, mas a arma não foi encontrada. Durante a ação, os policias apreenderam munições, carregador de pistola e um carro de luxo para verificação. Foi instaurado um procedimento para apurar a propriedade do material e o carro será periciado.
Agentes e mergulhadores vasculharam pelos sistemas de esgoto de um condomínio para tentar encontrar o armamento.
O crime completou 700 dias nesta quarta-feira. Na primeira fase da investigação, foram presos Ronnie Lessa e Elcio de Queiroz, pela morte de Marielle e seu motorista no Centro do Rio, na noite do dia 14 de março.
Em outubro do ano passado, a polícia prendeu Josinaldo Freitas, suspeito de embaraçar as investigações ao jogar armas no mar. Ele chegou a pedir um salvo conduto à Justiça meses antes de ser preso.
O material descartado pertencia a Ronnie Lessa, que é apontado como o assassino de Marielle e Anderson. A polícia investiga se a arma usada no atentado também foi descartada.
O pedido de Josinaldo foi negado em agosto pelo Tribunal de Justiça do Rio e incluía uma cópia do mandado de intimação para que, naquela época, ele prestasse depoimento na Divisão de Homicídios.
Marinha fez buscas no mar
Em julho do ano passado, a Polícia Civil do RJ chegou a pedir ajuda da Marinha para buscar no mar a arma do crime. Um sonar chegou a detectar nove objetos no fundo do mar em um local próximo às Ilhas Tijucas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste.
Mergulhadores fizeram buscas no local perto da área onde um amigo do principal acusado da morte de vereadora e do motorista, o PM reformado Ronnie Lessa, jogou caixas com fuzis e outras armas, segundo uma testemunha.
A polícia quer saber se entre os objetos que teriam sido jogados no mar está a arma utilizada no crime, uma submetralhadora MP5.
A Marinha utilizou sonares para encontrar os objetos. Segundo os equipamentos utilizados, são alvos com tamanhos aproximados de 50 centímetros a dois metros, e estão numa profundidade de 15 a 30 metros.