Duas mulheres deram entrada no Hospital Correia Picanço, na Tamarineira, Zona Norte do Recife, neste domingo (23), afirmando terem levado uma picada de agulha, uma delas em Olinda e a outra em Recife.
Segundo informações apuradas pelo Jornal do Commercio extraoficialmente, o número de casos suspeitos chegou a cinco até a manhã deste domingo.
O primeiro caso teria acontecido durante desfile do Galo da Madrugada, na altura da Avenida Dantas Barreto, por volta das 17h40, no fim do desfile, segundo a vítima. “Estava em grupo com minha família e senti uma picada de leve na minha coxa e não dei crédito na hora. Passei a mão no local e até olhei para o indivíduo (agressor). Tentei avisar a ele que alguma coisa que ele segurava estava machucando as pessoas, mas não dei crédito, passei a mão e prossegui”, conta a vítima, que não quis se identificar.
Jogo de empurra
Ela afirma que a perna chegou a sangrar. “Depois de limpar o sangue, procuramos o posto policial em frente à Igreja do Carmo. E aí encaminharam a gente para o Corpo de Bombeiros, que mandou a gente procurar o posto médico, e assim foi um (setor) repassando para o outro e não tive atendimento seguro em nada”, relata
De acordo com ela, a Polícia Militar não teria levado em consideração a denúncia. “Isso é descaso. A Polícia está ali para combater alguma coisa errada, mas quando a gente recorre, dando um alerta de um caso como esse, é deixado de lado”, diz. “O homem que estava dando agulhadas poderia até ter matado muita gente que estava ali”, acrescenta.
O segundo caso teria acontecido na Travessa João Alfredo, em Olinda, também por volta das 18h. A sentiu uma picada no ombro direito no sábado, mas procurou o Hospital Correia Picanço apenas no domingo.
“Quando foi hoje, eu vi relatos nas redes sociais de outras pessoas que teriam sido vítimas, e decidi vir para cá para fazer exames. A reação foi só na hora da picada. Depois, não senti nada”, disse.