Em um futuro breve, os carros se moverão sem combustível e sem emitir gás carbônico, contribuindo para diminuir a polução do planeta. Definitivamente os carros elétricos vão desenhar nosso futuro de uma forma completamente diferente do que supunhamos até pouco tempo.
O primeiro carro elétrico foi criado em 1828 pelo húngaro Ányos Jedik. Mas mais recentemente, há cerca de 10 anos que o mercado começou a dar mais atenção para esta “novidade” e começou a produzir diferentes alternativas. Os carros elétricos estão se tornando cada vez mais vantajosos e com melhor custo-benefício, apesar de serem ainda muito caros, principalmente para os padrões brasileiros.
Composto por motores elétricos, caixas de redução e baterias, a mecânica de um carro elétrico é muito mais simples que a de um motor a combustão, o que proporciona uma manutenção mais barata, além de um consumo e eficiência energética melhor.
Alguns temores infundados de que os carros elétricos possam realmente aumentar as emissões de carbono são um mito prejudicial, conforme mostram novas pesquisas. O questionamento se os carros elétricos são realmente “mais ecológicos” ocorre porque as emissões da fabricação são contadas no processo inteiro de emissão de gases. A pesquisa conclui que, na maioria dos lugares, os carros elétricos produzem menos emissões em geral – mesmo que a fabricação ainda envolva combustíveis fósseis.
Outros estudos alertam que a condução de veículos, de uma forma geral, deve ser reduzida para atingir as metas climáticas. A nova pesquisa das Universidades de Exeter, Nijmegen, na Holanda, e Cambridge mostra que em 95% do mundo, dirigir um carro elétrico é melhor para o clima do que um carro a gasolina. As únicas exceções são lugares como a Polônia, onde a geração de eletricidade ainda se baseia principalmente em carvão.
Emissões por vida útil dos veículos
Os pesquisadores dizem que as emissões médias durante a vida útil de carros elétricos são até 70% mais baixas que os carros a gasolina em países como Suécia e França (onde a maior parte da eletricidade vem de fontes renováveis e nucleares) e cerca de 30% menores no Reino Unido. Ainda, eles dizem que o cenário para carros elétricos se tornará cada vez mais favorável à medida que os países mudam para a eletricidade limpa.
A mudança em direção ao uso de energia elétrica a partir de fontes renováveis deve, no entanto, ser aliadas a políticas de consciência para diminuir o uso dos veículos – o que envolve considerável autoconsciência da população. Vai pegar o carro para ir a um restaurante? Que tal tentar uma receita em casa? Ou então, quer sair para frequentar o seu cassino de preferência? Por que não frequentar um equivalente online? Ainda mais importante: há a possibilidade de usar o transporte público coletivo?
O mito por trás das emissões
O autor principal do estudo, Dr. Florian Knobloch, da Universidade Radboud, disse: “A ideia de que veículos elétricos podem aumentar as emissões é um mito sem precedentes. Temos visto muita discussão sobre isso recentemente, com muita desinformação por aí.
Analisamos os números para todo o mundo, olhando para uma gama completa de carros e, mesmo no pior cenário, haveria uma redução nas emissões em quase todos os casos.”
O estudo também projeta que em 2050 cada segundo carro nas ruas do mundo poderia ser elétrico. Isso reduziria as emissões globais de CO2 em até 1,5 gigatoneladas por ano, o que equivale ao total de emissões atuais de CO2 da Rússia. O progresso pode ser muito mais rápido se os países adotarem metas mais rígidas, como o Reino Unido prometeu, de que todo carro novo vendido terá zero de emissões até 2035, no mais tardar.
Porém, isso não significa que o problema dos carros com o meio ambiente será resolvido. É preciso também considerar que o processo sobrecarregará enormemente a geração e o fornecimento de energia limpa. Apesar das dificuldades, é inquestionável os benefícios climáticos que os carros elétricos gerarão no planeta.