A Polícia Civil de Alagoas prendeu, nesta quinta-feira, 23, três pessoas acusadas de envolvimento no assassinato de Stefanny Rayane Santos Vieira, jovem que chegou a ser presa por matar o namorado Rafael Calheiros por envenenamento em novembro de 2018.
De acordo com informações da Delegacia de Homicídios de Rio Largo, a morte de Stefanny Rayane foi encomendada pela ex-cunhada. No dia do crime, a vítima foi atraída para a porta de sua residência, localizada no Conjunto Jarbas Oiticica, após um indivíduo tocar a campainha.
“O crime foi planejado pela irmã de Rafael Calheiros, que havia auxiliado na investigação e prisão anterior contra Stefanny, entretanto a soltura precoce da assassina do irmão trouxe um sentimento de revolta à família, o que fez a irmã e o próprio companheiro dela contratarem um terceiro para assassiná-la”, explicou o delegado Lucimério Campos.
Campos informou ainda que o cunhado de Rafael Calheiros, marido de sua irmã, teve contato com o autor material do crime e o levou até o Conjunto Jarbas Oiticica, em Rio Largo, para executar o plano. Após o assassinato, a dupla fugiu para a cidade de Marechal Deodoro.
“Os executores da morte de Stefanny respondem a outros crimes contra a vida, tentado e consumado, em Maceió e na cidade Marechal Deodoro/AL, pesando contra o cunhado de Rafael Calheiros a morte de Samuel dos Santos Tavares, no ano de 2016, crime praticado em plena areia da praia de Ponta Verde, bairro nobre e turístico da capital, cuja motivação declarada em seu interrogatório foi, “coincidentemente”, a vingança pelo fato de Samuel ter assassinado Lucas Barbosa dos Santos, seu enteado à época, filho de uma companheira anterior”, concluiu o delegado Lucimério Campos.
Todos os mandados de prisão foram expedidos pelo juízo criminal da 3ª Vara da Comarca de Rio Largo e contaram com parecer favorável do Ministério Público.
Entenda o caso
Stefanny Rayane era acusada de colocar veneno dentro de uma coqueteleira, que o rapaz usava para fazer vitaminas. Após ingerir a bebida, Rafael passou mal e foi levado ao Hospital Geral do Estado, onde ficou internado e acabou entrando em óbito em novembro de 2018.
“Este crime foi apurado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital (DHPP), tendo a investigação revelado que ela adicionou o veneno, conhecido como chumbinho, na coqueteleira do seu namorado e este acabou consumindo o produto letal, quando preparava a bebida que costumava consumir antes da prática de atividade física”, relatou o delegado Lucimério.
Segundo as investigações, Stefanny nutria um sentimento de posse pela vítima e não aceitava a ideia de um possível fim de relacionamento. Ela chegou a ficar presa preventivamente por 45 dias, mas foi agraciada com a libertada provisória com o uso de tornozeleira eletrônica.
Após receber informações de que a família de Rafael estava tramando sua morte, a jovem deixou o bairro em que morava, Benedito Bentes, e se instalou em Rio Largo. No dia 03 de agosto do ano passado, a moça foi assassinada a tiros na porta de casa.
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