O caso de um paciente com suspeita de Covid-19, que está internado na Unidade de Pronto Atendimento do Tabuleiro do Martins, tem gerado problemas entre uma família e a Secretaria do Estado da Saúde (Sesau). O homem, de 36 anos, apresenta comprometimento de 50% nos dois pulmões e aguarda transferência para o Hospital Universitário, mas segue enfrentando dificuldades.
O paciente deu entrada na quarta-feira, 06, com dificuldade respiratória. No mesmo dia, ele realizou uma pneumografia, que acusou derrame pleural, possivelmente, em decorrênc
ia da Covid-19. Os sintomas, como dores nas costas e febre, tiveram início há 10 dias. Depois evoluíram para tosses e dificuldade de respirar.
Ele chegou a realizar na terça-feira (05) o teste rápido para Covid-19, no Ginásio do Sesi, que deu negativo. Como os sintomas pioraram, o rapaz buscou atendimento na UPA do Tabuleiro do Martins. “Ontem, ele não aguentou a falta de ar e foi para a UPA. Solicitaram uma pneumografia, ele fez no Hospital Veredas e confirmou o coronavírus. Está com derrame pleural, com pulmão 50% comprometido. Soube através da pneumografia porque não fizeram novamente o exame já que o teste rápido deu negativo. Ele está só no soro, sem a medicação, como ele vai melhorar só no soro?. Está sem se alimentar desde ontem porque a UPA não está preparada para internação. Ele no oxigênio porque eu briguei. É um descaso grande”, informou a esposa do paciente, identificada como Carla.
Ela disse ainda que conseguiu um leito no Hospital Universitário para seu esposo, mas está esbarrando na burocracia. “A gente está tentando conseguir uma transferência pra ele lá no HU. Na verdade, a gente já conseguiu um leito lá. O problema é que a UPA não está conseguindo autorizar, precisa de um código. Eles estão fazendo com que eu vá atrás deste código. Este papel não é meu, é da UPA e dos médicos de plantão. Ontem, uma médica de plantão ia fazer isso, mas não conseguiu. Hoje, pelo dia, outro médico disse que tem que esperar, que não tem previsão. Só que a gente já tem um leito disponível e é só eles ligarem e pedirem o código”, contou.
O Alagoas24Horas pediu esclarecimentos sobre o caso à assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde de Alagoas e aguarda o posicionamento.