Mulher trans foi morta a marteladas e queimada devido a triângulo amoroso, diz PC

O inquérito que investiga o assassinato de Rafael dos Santos Farias, transexual, ocorrido no dia 14 de março foi concluído. Na ocasião, o corpo da vítima foi encontrado em uma casa abandonada situada no Povoado Poço da Pedra, na zona rural de Arapiraca.

“Rafinha Pimenta”, como a vítima era conhecida, estava desaparecida há cinco dias e seu cadáver já apresentava decomposição. A necropsia, realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, indicou que “Rafinha” apresentava fratura no crânio e que seu corpo também foi queimado, teve os dentes quebrados e sofreu outros tipos de violência.

Investigação

De acordo com as investigações, ela teria um relacionamento com um garoto menor de idade, que estaria desistindo de encontrá-la, o que irritou a mulher. A vítima, então, ameaçou contar na escola do garoto, que este havia saído com ela, e que apenas não contaria nada se o garoto aceitasse sair com “Rafinha” de novo.

O fato importante na investigação é que a polícia descobriu que “Rafinha” sempre utilizava o telefone de um amigo quando queria conversar com o garoto, e foi nessas conversas utilizando um aplicativo de mensagens instantâneas, que as ameaças da vítima para o garoto foram descobertas.

Ainda durante as investigações, foi esclarecido que “Rafinha” queria encontrar novamente o garoto, e que este estaria tendo um relacionamento com outro rapaz, maior de idade. Teria sido ai que se iniciou a trama para matar a vítima.

O garoto, como forma de se livrar de “Rafinha”, contou tudo para o outro rapaz e falou das ameaças que sofria. O rapaz, então, teria convencido o menor a chamar “Rafinha” para conversar em uma casa abandonada, local onde eles costumavam se encontrar.

O crime

Na conversa, o menor falou que iria levar um amigo, mas “Rafinha” não sabia que seria o rapaz com quem o garoto tinha um relacionamento. O garoto pediu para que “Rafinha” arrumasse um martelo, alegando que seria para consertar a porta da casa abandonada, onde iriam se encontrar.

Segundo as investigações, o menor e o amigo seguiram em uma moto até o local combinado, e ao encontrar a vítima próximo da casa, a chamaram. Os três subiram na moto e se dirigiram para a casa.

Quando chegaram ao Povoado Poço da Pedra, o rapaz maior de idade pediu o martelo a “Rafinha”, dizendo que iriam consertar a porta da casa velha, mas na hora que vítima entrou, iniciou-se a agressão a marteladas.

“Rafinha” foi atingida na cabeça, e caiu já desacordada, mas foi agredida outras vezes. O menor juntou-se ao rapaz e seguiram a uma localidade distante, na mesma moto, conseguiram gasolina, voltaram e atearam fogo no corpo de “Rafinha”.

Depois do crime, os dois suspeitos fugiram, e continuaram vivendo normalmente como se nada houvesse acontecido.

O menor já foi ouvido na polícia e confessou sua participação como também do adulto no assassinato.

O delegado Felipe Caldas aproveita para reforçar a importância das pessoas passarem informações para a polícia sobre criminosos pelo disque denúncia 181, ou ainda pelo 3522-3823 da Delegacia de Homicídios de Arapiraca. O anonimato é garantido.

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