Cotado para assumir vaga, Renato Feder se reúne com Jair Bolsonaro e fala sobre os desafios do MEC

Renato Feder é secretário de Educação do Paraná e informou, em entrevista ao G1, que não recebeu convite do presidente para assumir a pasta nesta terça-feira (23).

Divulgação/Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná

Renato Feder, secretário da Educação e do Esporte do Paraná, cotado para assumir o MEC

Um dos nomes cogitados para assumir o Ministério da Educação (MEC), o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã desta terça-feira (23) em Brasília.

O presidente, segundo Feder, quis saber sobre projetos implantados pelo Paraná que podem ajudar no desenvolvimento da educação brasileira e também sobre os desafios que o MEC tem pela frente.

“O presidente se demonstrou muito preocupado com a educação, quis mais detalhes sobre a educação remota que implantamos no Paraná e também conversamos sobre o Fundeb, sobre a importância da aprovação desse fundo pelo Congresso”, contou Renato Feder.

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) foi criado em 2007 como temporário e, por lei, vence em dezembro deste ano. O Congresso Nacional analisa uma nova proposta para torná-lo permanente a partir de 2021. No entanto, há um impasse entre o governo e os deputados sobre o valor de repasse previsto pela União.

O cargo de ministro da Educação está vago desde a saída de Abraham Weintraub. Ele deixou o governo após se envolver em uma série de polêmicas e de ofender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Contra Weintraub ainda pesam duas investigações na Corte: uma apura a ofensa aos ministros do tribunal e a outra a suspeita de declarações racistas contra o povo chinês.

O Ministério da Educação é conduzido interinamente por Antonio Paulo Vogel de Medeiros, que ocupava o cargo de secretário-executivo.

Na conversa com o Bolsonaro, que segundo o secretário durou mais de uma hora e contou com a participação de generais que integram o governo, não foi feito nenhum convite para ele assumir a pasta.

O secretário de Educação do Paraná disse também que a maior parte da conversa foi sobre tecnologia, sobre ferramentas educacionais que o Ministério da Educação pode oferecer para secretaria estaduais e municipais.

“No Paraná, as aulas remotas estão dando muito certo. Os jovens têm aulas pelo celular, podem interagir com o professor pelo aplicativo, além das escolas terem um acompanhamento diário da frequência dos estudantes. Mostrei ao presidente os nossos projetos e soluções que podem ser adotadas em todo o país”, disse o secretário de Educação do Paraná.

Renato Feder volta para Curitiba ainda nesta terça-feira.

Ainda conforme Feder, a reunião foi pautada pelo diálogo e pelo respeito do futuro do Ministério da Educação.

“O MEC tem que dialogar muito com as redes estaduais e municipais de ensino, os alunos estão nos estados e nas cidades. O Ministério precisa estar próximo, respeitar as especificidades de cada região, apoiar as escolas e oferecer ferramentas que ajudem no desenvolvimento dos alunos e de professores”, afirmou.

“O apoio também precisa se estender às universidades. O Ministério da Educação precisa respeitar a autonomia de cada instituição de ensino superior”, concluiu.

Fonte: G1 Paraná

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