‘Homem Pateta’: Polícia faz alerta a pais sobre perfil que pode induzir suicídio

Mensagens 'têm a intenção de causar desconforto, medo e, em alguns casos, tenta provocar o suicídio', diz polícia

Perfis com fotos de “Homem Pateta”; têm assustado crianças com conteúdo de terror (Foto: Reprodução/Facebook)

A Polícia Civil de Santa Catarina divulgou, na última semana, um alerta para pais de crianças e adolescentes sobre perfis em redes sociais com o nome de Jonathan Galindo. As páginas – cujas fotos são montagens que se parecem o personagem ‘Pateta’, da Disney – estariam assustando os menores com conteúdo de terror e mensagens que podem induzir ao suicídio.

Segundo a polícia, os primeiros perfis têm postagens em espanhol, mas a CRESCER apurou que já há páginas em português.

“Esses perfis têm poucas postagens e desafiam as pessoas a segui-los e enviar uma mensagem privada. Feito isso, é só esperar o retorno deles, que se dá através do envio de mensagens, vídeos, áudios ou até mesmo de uma ligação por vídeo ao vivo. O conteúdo da resposta tem a intenção de causar desconforto, medo e, em alguns casos, tenta provocar o suicídio”, explica o agente da polícia civil Ivan de Souza Castilhos, integrante do Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional.

O “Homem Pateta” não é o primeiro a assustar pais e crianças na internet. No ano passado, o assustador personagem Momo aparecia em vídeos infantis ensinando, passo a passo, como as crianças deveriam fazer para, literalmente, cortar os pulsos.

Em fevereiro deste ano, vídeos de um “desafio” chamado “quebra-crânios” passaram a circular e também causaram preocupação entre pais e profissionais de saúde, já que a queda podia causar prejuízos graves à saúde dos jovens.

Antes, em 2017, um jogo chamado Baleia Azul tinha desafios que levavam jovens ao suicídio.

O alerta da Polícia Civil de Santa Catarina, em parceria com o Tribunal de Justiça do estado, serve para chamar a atenção dos pais sobre o conteúdo consumido pelos seus filhos na internet. “Deixar um filho sozinho na internet é o mesmo que abandonar uma criança no meio da rua numa madrugada”, diz a delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila, coordenadora da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso em SC.

A CRESCER entrou em contato com o Facebook, onde as páginas foram criadas, e aguarda retorno.

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Fonte: Crescer

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