A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta segunda-feira (13) que, no domingo (12), registrou mais de 230 mil infecções confirmadas em 24h, sendo que os países com os maiores registros foram Estados Unidos ( 66.281) e Brasil (45.048).
“Quase 80% desses casos foram relatados em apenas 10 países e 50% vêm de apenas dois países. Embora o número de mortes diárias permaneça relativamente estável, há muito com que se preocupar”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanon.
O diretor-geral da OMS alertou que a agência vem observando em vários países aumentos perigosos nos casos da Covid-19.
“Deixe-me ser franco, muitos países estão indo na direção errada. A Covid-19 continua sendo o inimigo público número um, mas as ações de muitos governos e pessoas não refletem isso”, disse Tedros.
Em relação aos países das Américas, novo epicentro da pandemia, a OMS demonstrou preocupação com a reabertura econômica.
“A reabertura desses países levou a uma transmissão mais intensa”, disse o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan. “Os governos têm que ser claros nas medidas enviadas à população”, disse.
Tedros alertou que muitos países estão perdendo os ganhos obtidos com a reabertura, principalmente nos países que estão em intensa fase de transmissão. Estamos vendo isso nas Américas, no sul da Ásia e em vários países da África”, informou.
Vacina não será ‘perfeita’
Segundo Ryan afirmou na coletiva desta segunda, é irrealista “imaginar que vamos nos livrar desse vírus da noite para o dia” e que “a a vacina será perfeita e mágica, e disponível para todos.”
Pandemia fora de controle
Na quinta-feira (9), a OMS demonstrou preocupação com o avanço da pandemia de coronavírus durante a reunião dos estados-membros. A agência de saúde da ONU informou que os casos seguem fora de controle na maioria dos países.
“Na maior parte do mundo, o vírus não está sob controle, está piorando”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
Transmissão pelo ar
Na terça (7), a OMS reconheceu que o coronavírus pode ser transmitido pelo ar, e não somente pelo contato com as gotículas expelidas por pessoas infectadas, como vinha afirmando.
A líder técnica para prevenção e controle de infecções da OMS, Benedetta Allegranzi, reconheceu que estão surgindo novas evidências desse risco de contágio pelo ar, mas afirmou que elas não são definitivas e que ainda é preciso reuni-las e interpretá-las.
Allegranzi destacou que a OMS já recomenda que as pessoas evitem ambientes fechados e cheios, mantenham o distanciamento e que usem a máscara em determinadas situações.