O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denuncia contra o acusado de invadir uma empresa e estuprar uma funcionária no bairro do Farol. (Relembre o caso aqui).
O pedido do MPE é que o exame de DNA, do material coletado da vítima, e os processos findos ou em tramitação que o tenham como réu sejam anexados ao inquérito e remedidos à 38ª Promotoria de Justiça da Capital.
De acordo com o promotor de Justiça, Tácito Yuri a denúncia se baseia no inquérito policial, que afirma que a vítima do abuso sexual teme morrer visto o grau de agressividade do criminoso e a ameaça sofrida.
“É uma pessoa com passagens pela polícia, inclusive estava no regime semiaberto, mostrando claramente que seu instinto de violência, de afinidade com o crime é assustador. Inclusive, é possível perceber que em suas ações tem sempre a intenção de cometer abusos sexuais, tanto que ao abordar um rapaz na porta da sua casa, perguntou se ele era casado ou se havia mulher em casa. Obtendo a resposta negativa, desferiu-lhe um golpe de faca e ameaçou atirar nas pessoas se ele gritasse. Ou, seja, é de um alto grau de periculosidade, e o Ministério Público denunciou com toda a aposta de que, ao ser julgado, seja punido com a pena máxima e tenha esses atos criminosos como agravantes para os seus processos anteriores”, ressalta Tácito Yuri.
Para o promotor de justiça, as ações criminosas do elemento devem ser vistas como bárbaras. “Imagine você sair de casa cedo da manhã para cumprir com seu horário de trabalho, com suas obrigações, garantir a sobrevivência e ser surpreendida com uma arma, voz de assalto, mas antes da subtração dos objetos o criminoso lhe arrastar para um corredor, tirar suas roupas e violentar. Depois lhe deixar trancada numa sala e fugir. A moça foi brutalmente estuprada, correu risco de morte e também de contrair doenças sexualmente transmissíveis, fora o trauma que carregará para toda a vida. Não como definir, senão como crime cruel”, declara o promotor.
Tácito Yuri ressalta a mobilização do Ministério Público no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, destacando a importância de as pessoas denunciarem os suspeitos.
“Há um trabalho conjunto, uma união de forças para que esse quadro de violência contra a mulher seja revertido, mas a sociedade precisa ajudar o Ministério Público nessa missão. Temos o aplicativo somente para isso, as pessoas podem denunciar por meio da Ouvidoria, o que não podemos é ficar inertes”, afirma Yuri.
O aplicativo “Proteção Mulheres”, idealizado pelos Núcleos de Defesa da Mulher e de Direitos Humanos, e desenvolvido pela Diretoria de Tecnologia e Informação (DTI) do Ministério Público pode ser baixado nas plataformas Android e IOS e nele há as informações necessárias para o denunciante se basear.