Médico agride trans após ter fetiche negado em motel

Vítima teve o nariz quebrado, corte no supercílio e outros machucados no rosto.

O médico preso suspeito de agredir uma transexual durante um programa tentou chutar a vítima na portaria do motel, enquanto ela tentava fazer imagens do homem. O cliente ficou agressivo após a transexual, de 24 anos, recusar um fetiche que excedia o combinado antes do programa, segundo a Polícia Civil. A vítima decidiu interromper o atendimento, motivo que provocou a fúria no médico, de 39 anos, que acabou quebrando o nariz da transexual na agressão. Ela teve ainda um corte no supercílio e outros machucados no rosto.

A briga aconteceu na noite de terça-feira (13), dentro de um motel em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, segundo a Polícia Civil. O médico estava preso até então em caráter de flagrante, mas um juiz converteu a prisão em preventiva durante a audiência de custódia na quarta-feira (15). A decisão determina que o suspeito continue preso até o Judiciário reavaliar a situação.

O juiz Lázaro Alves Martins Júnior alegou que a prisão preventiva foi “imprescindível para resgatar a ordem pública”, diante das especificações dos antecedentes criminais por ameaça, injúria, lesão corporal e pela Lei Maria da Penha. Ainda de acordo com o magistrado, a soltura do médico enseja um “perigo de reiteração delitiva, caso posto em liberdade”.

Fetiche negado seria causa da briga
Segundo o delegado que investiga a agressão, Henrique Berocan, o cliente solicitou que a transexual atendesse um pedido peculiar durante o ato sexual, que foi prontamente negado. Ela decidiu então interromper o atendimento, o que deixou o homem irritado.

“Eles estavam em ato sexual e o médico pediu algo que a vítima não concordou. Então ele deu um golpe de mata-leão nela, quebrou alguns mobiliários do quarto do motel. A vítima conseguiu correr seminua até a portaria para pedir socorro, foi quando a Polícia Militar prestou apoio”, esclareceu o delegado.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima diz que vestia a roupa para ir embora, o médico a empurrou contra a parede do quarto alegando que estava sendo filmado. O documento relata que o homem quebrou uma televisão e a porta da suíte.

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