Uma das filhas da deputada federal Flordelis dos Santos precisou receber atendimento médico na carceragem da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSGI) entre o fim da manhã e o começo da tarde desta segunda-feira. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ir até a especializada pouco antes do meio-dia, mas retornou àss 14h20 para atender Simone dos Santos Rodrigues e Andréia Santos Maia, mulher de um ex-policial relacionado à família e que também foi presa.
Os paramédicos chegaram carregando mochilas com medicamentos e um balão de oxigênio. Simone, que fazia tratamento contra o câncer, teve queda de pressão e foi atendida em uma sala anexa à carceragem. Já Andréia relatou estar sentindo mal estar, mas os paramédicos afirmaram que só foi estresse.
— Duas delas passaram mal e precisamos chamar a ambulância para atende-las. Ambas estão medicadas e tiveram a oportunidade de trazer os medicamentos que usam. Uma delas, a Simone, faz tratamento oncológico e vai continuar recebendo cuidados na prisão — disse o delegado Allan Duarte.
Flordelis se recusou a ir à DH acompanhar trâmites das prisões dos filhos
Ao GLOBO, Duarte disse que a deputada Flordelis foi convidada a seguir até a especializada para acompanhar todos os trâmites. Entretanto, ela preferiu se despedir dos familiares e permanecer em sua residência.
— Demos a opção de ela vir aqui para acompanhar todo o processo. Mas, ela se manteve em silêncio e preferiu se despedir dos familiares — afirmou Duarte.
Os filhos da parlamentar deverão ser transferidos para a penitenciária entre a noite desta segunda-feira e a manhã de terça. Entretanto, antes, a DHNSGI vai tentar ouvi-los.
— Vamos ver se eles querem prestar depoimento. É uma oportunidade para eles se defenderem. Mas todas as diligências já foram encerradas. Após isso, serão todos encaminhamos ao presídio.
Pouco depois das 15h, uma mulher que se dizia psicóloga ligou para a deputada Flordelis e a colocou para falar com os filhos presos. A cena foi registrada pelos jornalistas na porta da carceragem.