Taxa de desocupação avança em Alagoas e chega a 17,8% no segundo trimestre

A taxa de desocupação em Alagoas para o segundo trimestre aumentou para 17,8%, representando um aumento de 1,3 pontos percentuais frente aos primeiros três meses do ano (16,5%). Os dados são da PNAD Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Brasil, somente a Bahia (19,9%) e Sergipe (19,8%) tiveram taxas maiores que Alagoas. De um modo geral, o desemprego superou a média nacional (13,3%) em 12 unidades da federação. As menores taxas, por sua vez, foram observadas em Santa Catarina (6,9%), Pará (9,1%), Rio Grande do Sul (9,4%) e Paraná (9,6%).

A diferença em Alagoas é maior quando se compara os resultados do segundo trimestre com o mesmo período de 2019 (14,6%), revelando um aumento no desemprego de 3,2 pontos percentuais.

Para o IBGE, a taxa de desocupação é o percentual de pessoas desocupadas, na semana de referência, em relação às pessoas na força de trabalho, que compreende o grupo de pessoas ocupadas e desocupadas em determinada população.

As pessoas desocupadas, por sua vez, são aquelas sem trabalho que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência. Da mesma forma, consideram-se desocupadas aquelas pessoas que já haviam conseguido trabalho e iriam começar após a semana de referência.

Os números para Alagoas revelam que havia 179 mil pessoas desocupadas no primeiro trimestre de 2019, contingente que subiu para 199 mil no primeiro trimestre de 2020 e caiu para 197 mil no segundo trimestre. Com mais pessoas pressionando o mercado de trabalho, a taxa de desocupação aumenta.

Da mesma forma, a população ocupada em Alagoas diminuiu. Eram 1,048 milhão no primeiro trimestre de 2019, passou para 1,004 milhão no primeiro trimestre de 2020 e caiu para 905 mil no segundo trimestre. Com isso, o nível da ocupação caiu para 34,4%.

População ocupada no setor privado diminui

O setor privado observou uma diminuição da população ocupada. De acordo com a pesquisa, 366 mil pessoas estavam ocupadas no segundo trimestre, 67 mil a menos que os primeiros três meses do ano e 59 mil a menos que o segundo trimestre do ano passado. A redução foi mais sensível entre aqueles trabalhadores com carteira.

Atividades de transporte e alojamento têm queda do pessoal ocupado

Os maiores impactos na diminuição da população ocupada foram sentidos em duas atividades. No transporte, armazenagem e correio, 38 mil pessoas estavam ocupadas ao fim do segundo semestre, 14 mil a menos que o observado nos primeiros três meses do ano e 18 mil a menos que o segundo trimestre de 2019.

Já na atividade de alojamento e alimentação, 51 mil pessoas estavam ocupadas ao fim do segundo trimestre, 29 mil a menos em relação aos primeiros três meses do ano e 16 mil a menos na comparação com o segundo trimestre do ano passado.

 

Fonte: IBGE

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