O presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Jorge Felippe (DEM), decidiu levar ao plenário na quinta-feira (3) o pedido para abrir o processo de impeachment contra o prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos).
O pedido de impeachment foi protocolado pelo PSOL, com base na denúncia dos “Guardiões do Crivella”. O presidente da Câmara poderia rejeitar o pedido monocraticamente (sem consultar ninguém) ou levá-lo ao plenário.
Na segunda (31), o RJ2 revelou um esquema montado com funcionários da prefeitura para fazer plantão na porta dos hospitais municipais do Rio, atrapalhar reportagens e impedir que a população fale e denuncie problemas na área da Saúde.
Para a abertura do processo de impeachment, são necessários 26 votos. Segundo Jorge Felippe, o aval para levar o pedido ao plenário foi dado pela Secretaria Geral da Mesa e pela Procuradoria da Câmara.
Resumo
A reportagem mostrou que:
- por grupos de Whatsapp, funcionários da prefeitura são distribuídos por unidades de saúde municipais para fazerem uma espécie de plantão;
- em duplas, eles tentam atrapalhar reportagens com denúncias sobre a situação da saúde pública e intimidar cidadãos para que não falem mal da prefeitura;
- O RJ teve acesso ao conteúdo dos grupos e viu que, após serem escalados, eles postam selfies para dizer que chegaram às unidades;
- um dos funcionários aparece em várias fotos ao lado de Crivella e tem salário de mais de R$ 10 mil;
- quando conseguem atrapalhar reportagens, eles comemoram nos grupos;
- a prefeitura não nega a criação dos grupos e diz que faz isso para ‘melhor informar a população.