O sargento Leonardo Lourenço da Silva, acusado de estuprar uma produtora cultural em Copacabana, Zona Sul do Rio, se entregou no 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM), onde trabalha, no final da noite desta terça-feira (1º).
Silva foi encaminhado à Unidade Prisional da PMERJ, em Niterói. Ele estava com prisão decretada desde a noite de segunda-feira (31), pela juíza Ana Paula Pena Barros, da Auditoria Militar do Tribunal de Justiça (AJMERJ).
Silva responde, na Justiça Militar, pelos crimes de estupro e abandono de posto, uma vez que o crime foi praticado durante o expediente. O PM também pode ser expulso da corporação.
O sargento chegou a ser preso administrativamente, mas foi solto, e sua prisão preventiva foi solicitada. Silva aguardou em liberdade, mas afastado das ruas.
Segundo a vítima, que por segurança não teve a identidade revelada, o PM a atacou na casa dela no dia 24 de agosto.
Entenda a acusação
A mulher acusa o policial de ter ido ao apartamento dela para fazer um procedimento associado a um registro de ocorrência anterior. A movimentação do policial no edifício foi registrada por imagens de segurança do condomínio.
Segundo a vítima, o porteiro do prédio onde ela mora interfonou para o seu apartamento dizendo que um PM queria falar com ela. E que o policial era o mesmo que uma semana antes tinha atendido uma ocorrência no prédio.
Ela disse ainda que o PM se identificou como Leonardo Lourenço e insistiu para subir.
Imagens do circuito interno do prédio registraram o momento em que o PM sobe no elevador e aparece no corredor.
Na delegacia, a vítima disse que o suspeito acariciou seus seios, passou a mão em seu corpo e apertou seu pescoço.
O caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana).
Após o registro, a vítima foi ao batalhão da PM e, de lá, seguiu para o Instituto Médico Legal, onde fez exame de corpo de delito.
O exame aponta que há vestígios de violência sexual e que houve ação contundente.