Em meio à quarentena e à necessidade de distanciamento social provocados pela pandemia do novo coronavírus, os brasileiros mudaram seus hábitos de consumo de cosméticos e artigos de higiene pessoal.
Alguns itens, como desodorante e batom, ficaram mais esquecidos nas prateleiras. Já o álcool gel, o papel higiênico e os lenços de papel ganharam espaço – e muito.
Dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) mostram que o faturamento da indústria do setor cresceu apenas 0,8% no primeiro semestre deste ano. No mesmo período, as vendas do varejo como um todo tiveram queda de 3,1%.
Na indústria de maquiagem, o semestre também não foi bom: as vendas caíram 19%. Com a obrigação de usar proteção no combate ao coronavírus, as mulheres deixaram de usar produtos que a máscara esconde, como a base, o pó, o blush e, principalmente, o batom.
Com isso, a alta do semestre foi puxada pelos produtos que a indústria chamou de “cesta Covid”: sabonete líquido (+18,2%), papel higiênico (+20,5%), lenços de papel (75%), toalhas multiuso (+39,5%) e principalmente álcool gel (+2.066,6%).
Também tiveram crescimento os cosméticos antirrugas, anti-idade e antissinais. Já a venda de máscaras faciais subiu mais de 50%.