O ministro Luiz Fux assume a presidência do Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira, em um contexto incerto de crise política, econômica, sanitária.
Aos ministros da Suprema Corte, são designadas decisões de alto impacto na composição política, de costumes e ordenamento do país. Afinal, todos caminhos levam ao STF: prisão, problema fiscal, pandemia.
Fux sabe disso. Bolsonaro, também. Todos os presentes na posse do ministro, aliás. Quem não poderá ir, por causa das restrições impostas pelo coronavírus, vai acompanhar pela internet, mas queria mesmo estar lá presencialmente. Estima-se um público virtual de 4 mil pessoas, que, neste ano, não vão figurar na famosa festa, promovida por associações do judiciário, após toda cerimônia de posse.
Será um beija mão diferente, menos contato físico e, ainda, com muitos interesses, sobretudo nos processos que tramitam pelos escaninhos dos onze ministros.
Confirmaram presença os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre; além do presidente da República, Jair Bolsonaro e também o governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
Estão nas mãos da Suprema Corte a decisão de permitir a reeleição de Maia e Alcolumbre; também o processo em que Bolsonaro é acusado de interferir na Polícia Federal; e o futuro sobre o afastamento do governador Wilson Witzel, que deve recorrer ao plenário do STF, após ter pedido negado pelo ministro Dias Toffoli, o mesmo que está de saída da presidência da corte.
Fux diz que vai prezar pelas relações institucionais mas sem encontros sociais ou visitas surpresas. Mas há quem duvide até que ponto o ministro conseguirá se distanciar da política e dos políticos.