A Polícia Civil investiga se houve negligência ou omissão da madrasta na morte de um menino de 6 anos que foi atropelado por um trem, na última sexta-feira (2). De acordo com os agentes, Otávio Henrique estava sob os cuidados dela.
A madrasta alegou que eles estavam na estação de trem de Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e o menino estava brincando na linha do trem. Ela afirma que chegou a pedir para ele sair de lá, mas ele não a obedeceu.
De acordo com a Polícia Civil, a madrasta chegou a ser presa em flagrante, mas vai responder em liberdade por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O caso foi registrado na 60ª DP (Campos Elíseos).
A família do menino contesta esta versão e alega que Otávio Henrique foi criado próximo à linha e teria saído da linha ao perceber que um trem estava se aproximando.
Segundo informações da Supervia, a criança estava andando pelos trilhos do trem e não percebeu a chegada da composição que vinha no ramal Guapimirim.
A concessionária destacou que, logo depois que tomou conhecimento do acidente, acionou o Corpo de Bombeiros e o Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer).
Otávio foi levado para o Hospital Adão Pereira Nunes, mas não resistiu aos ferimentos.
Alerta de segurança
A Supervia alertou que as normas de segurança dentro das estações devem ser respeitadas para evitar acidentes.
Segundo a concessionária, é proibido que pessoas caminhem na linha férrea, área destinada exclusivamente para a circulação dos trens.
“O respeito à essa regra é imprescindível para evitar acidentes, que colocam em risco a vida de pessoas que acessam a via de forma irregular, além de causar prejuízos à circulação”, afirma a nota da Supervia.
Ainda de acordo com informações da Supervia, o trem não consegue frear rapidamente em casos como o de Otávio Henrique. Dependendo da velocidade, a composição ainda pode percorrer uma distância de 60 a 400 metros até parar completamente.