A modelo Eloisa Fontes, que foi resgatada desorientada no Morro do Cantagalo, na Zona Sul do Rio, será transferida para uma clínica particular nos próximos dias na capital Fluminense. Desde a terça-feira, dia 6, a alagoana de 26 anos está internada no Instituto Philippe Pinel, em Botafogo, que é um hospital psiquiátrico municipal, após ter sido levada por policiais da Operação Ipanema Presente que, inclusive, a convenceram a conversar com o médico da instituição, que a internou imediatamente.
Antes de deixar o Pinel para uma clínica particular, Eloisa vai passar por uma série de exames para saber como está a sua saúde. Por enquanto, ela não realizou nenhum teste toxicológico. O processo não será rápido. A previsão é que ela fique internada por meses para seguir com o acompanhamento psicológico e tenha uma melhora em seu quadro clínico.
— Ela vai passar por acompanhamento. Vamos ver como será esse tratamento particular. Mas sabemos que ela vai passar alguns meses internada, recebendo todos os cuidados. Eu só penso no bem-estar e na segurança dela nesse momento. Ela está passando por uma situação difícil. Então, criamos essa rede de apoio, capitaneada pelo Assis (Francisco, amigo da família) para ajudarmos e darmos o suporte para a melhora da Eloisa — afirma a amiga baiana da modelo, que prefere não ser identificada.
A Secretaria municipal de Saúde informou que a jovem segue em acompanhamento pela equipe do Pinel, e que “outras informações sobre o caso são restritas à família”.
Falta de apoio psicológico
A amiga de Eloisa, que também já foi modelo, disse que sempre faltou um apoio médico para alagoana. Ela explica que as agências de modelos não dão suporte psicológico para suas agenciadas, o que prejudica ainda mais a carreira de muitas delas, como no caso de Eloisa. Sem instruções, ela não conseguiria procurar sozinha a ajuda de um profissional qualificado, como psicólogo ou um psiquiatra.
— A grande questão é que as agências de modelos não nos dão suporte, não dão apoio psicológico. Na verdade, poucas fazem isso, só pensam em faturar e só se preocupam quando você traz dinheiro para eles. Mas quando você está em casa sem trabalhar, daí o problema é seu. Ela ganhou muito dinheiro com os trabalhos que fazia, mas não sei quem toma conta do dinheiro dela agora. Mas por ela não compreender muito das coisas, as pessoas pagavam menos do que ela merecia — diz.