Neste sábado (31), o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou as novas medidas de lockdown para o Reino Unido. Para conter o acelerado avanço da segunda onda de contaminações pelo novo coronavírus no país, as novas regras de confinamento passam a valer a partir de quinta-feira (5) até o início de dezembro.
Boris Johnson afirmou que o crescimento no número diário de novos casos de Covid-19 é maior do que o pior cenário previsto e que, sem uma ação imediata, há risco de sobrecarga total do sistema de saúde britânico e que o número de mortes pode ser superior a mil por dia.
O conselheiro para assuntos científicos do Reino Unido, Patrick Vallance, disse que a quantidade de mortes durante a onda do coronavírus no inverno pode ser duas vezes maior que a primeira onda, na primavera.
Neste sábado, o Reino Unido se tornou o nono país a ultrapassar a marca de 1 milhão de casos de Covid-19.
As medidas anunciadas pelo primeiro-ministro britânico foram:
- Todos os cidadãos devem permanecer em casa e só será permitido sair por razões específicas;
- Serviços não essenciais, como comércio e setor hoteleiro, serão fechados;
- Bares e pubs serão fechados;
- Locais de trabalho poderão manter as atividades, mas apenas caso as funções exercidas não possam ser realizadas de casa;
- Escolas e universidades seguem abertas.
Parlamento vota quarta-feira
Johnson informou ainda que o pacote de medidas será enviado ao parlamento na segunda-feira e a expectativa do governo é que seja votado na quarta.
A duração do novo lockdown, embora prevista para se encerrar no começo de dezembro, pode ser estendida diante de um eventual agravamento da pandemia no país. A reabertura, prevista para iniciar em 2 de dezembro, deverá ser feita etapa por etapa.
As instituições de ensino, contudo, seguem abertas. “As escolas são o melhor lugar para as crianças. Não podemos deixar o vírus prejudicar o futuro delas”, disse Johnson.
O governo britânico também anunciou a extensão do programa econômico para a manutenção dos empregos por mais um mês – auxílio que cobre até 80% do salário dos trabalhadores. “Será um período muito difícil para as empresas”, afirmou Johnson.
De acordo com o primeiro-ministro, a decisão dura do governo visa garantir que famílias possam estar juntas no Natal. “Estou otimista”, concluiu.