O Kremlin informou nesta segunda-feira (9) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai esperar o anúncio do resultado oficial da eleição presidencial nos Estados Unidos para felicitar o vencedor, pois a vitória do democrata Joe Biden é questionada por Donald Trump.
“Consideramos que é correto esperar os resultados oficiais das eleições. Quero recordar que o presidente Putin disse em várias ocasiões que respeitará a escolha do povo americano”, afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, ainda não se manifestou sobre a vitória de Biden. Ele fez uma transmissão em rede social na noite de sábado (7), mas não mencionou as eleições americanas.
Políticos, líderes mundiais, aliados e adversários já se pronunciaram sobre o resultado da votação, desde o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Além de Bolsonaro e Putin, o presidente da China, Xi Jinping, ainda não se pronunciou. Hoje pela manhã, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, afirmou apenas que “percebemos que o senhor Biden declarou vitória eleitoral”.
“Entendemos que o resultado das eleições presidenciais americanas será determinado de acordo com as leis e procedimentos dos EUA”, se limitou a dizer o porta-voz. Em 2016, Xi Jinping parabenizou Trump no dia seguinte à eleição.
Cooperação com a União Europeia
Após a vitória de Biden, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta segunda-feira (9) que EUA e União Europeia “devem estar juntos” na luta contra a pandemia e o aquecimento global.
“Os EUA e a Alemanha, como parte da União Europeia, devem se unir para superar os grandes desafios de nosso tempo”, disse Merkel em um breve comunicado sobre as eleições americanas.
Para a chanceler alemã, os parceiros devem estar “ombro a ombro no difícil diagnóstico da pandemia do coronavírus, na luta contra o aquecimento global e suas consequências, na luta contra o terrorismo e por uma sociedade aberta e livre comércio”.
A administração de Biden deve adotar uma total inflexão na política externa americana, que sob Trump privilegiou guerras comerciais contra parceiros econômicos (inclusive a União Europeia) e minimizou os riscos da Covid e do aquecimento global.
Entre as propostas do presidente eleito dos Estados Unidos está retomar o relacionamento com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e voltar ao Acordo de Paris.