Medida de proteção do TSE para evitar ataque hacker sobrecarregou sistema e afetou e-Título

Nelson Jr./SCO/STF

Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral — Foto: Nelson Jr. / SCO/STF

A medida de proteção usada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para evitar ataques externos no sistema acabou afetando o desempenho do e-Título, utilizados pelos eleitores para votar e para justificar a ausência na eleição. Em coletiva de imprensa neste domingo, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o órgão desligou um servidor para dificultar tentativas de invasão, assim apenas um único servidor continuou em funcionamento, o que sobrecarregou o sistema.

Segundo Barroso, houve tentativa de ataque neste domingo ao sistema da Corte, mas sem êxito. O ministro disse que é quase certo que o ataque tenha vindo de outro país. Barroso disse ainda que tentativas de invasão no sistema do TSE costumam acontecer em todos os pleitos.

— A justificativa pelo e-Título não teve nenhuma relação direta com o ataque, mas indireta — afirmou Barroso, explicando que o fato de o sistema operar com apenas um servidor acabou gerando sobrecarga.

— Houve de fato uma tentativa de ataque hoje, com quantidade de acessos massivos para neutralizar o sistema. E não foi bem sucedido — disse Barroso em coletiva no TSE.

Ele afirmou que houve um ataque antigo contra o banco de dados do tribunal, no qual estão guardados os dados dos servidores públicos do TSE.

— Houve uma notícia de que teria havido vazamento dos dados dos servidores. Dos funcionários. Houve notícia que teria havido vazamento de dados dos funcionários do TSE. Isso não é produto de um ataque atual, é um ataque antigo, que ainda não fomos capazes de precisar. Não sabemos se antigo há dez dias ou cinco anos.

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