No quadro Radar Político, da CNN Rádio, desta quarta-feira (18), Caio Junqueira, Fernando Molica e Igor Gadelha analisam possíveis partidos e caminhos que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode escolher nos próximos meses.
De acordo com Gadelha, auxiliares do presidente disseram que ele deve esperar a definição da presidência na Câmara e no Senado, em fevereiro, antes de tomar uma decisão.
“Aliados mais próximos preferem que Bolsonaro vá para um partido menor, por exemplo, o Patriotas, por dois motivos: primeiro porque num partido menor o presidente teria um controle mais fácil da legenda; e segundo porque seria mais fácil acomodar aliados nas presidências do partido nos estados”, disse.
Já Caio Junqueira trouxe uma leitura oposta, de que faria sentido o presidente buscar um partido um pouco maior – dentro de sua base aliada no centrão – para contar com a máquina partidária na disputa presidencial de 2022.
“Minha aposta é que o presidente opte por um desses partidos que já fazem parte da base aliada, provavelmente Progressista (PP) ou Partido Social Democrático (PSD), justamente porque eles tem know-how político, tem capilaridade, tem número de prefeitos, de vereadores, tem parlamentares para trabalhar”, afirmou.
Por sua vez, Molica disse que, ao analisar o passado político do presidente para tentar projetar seu futuro é importante lembrar que Bolsonaro nunca foi um político partidário.
“Nunca teve uma carreira política estruturada em partidos. Sempre foi no ‘bloco do eu sozinho’ e assim ele construiu sua vida como deputado e também sua candidatura a presidente”, disse.